domingo, 26 de junho de 2011

FÉ : O MISTÉRIO NÃO VAI CONTRA A RAZÃO - LITURGIA DIÁRIA , 26 DE JUNHO DE 2011

FÉ : O MISTÉRIO NÃO VAI CONTRA A RAZÃO
Longe de acreditar como cego, o espírito dos verdadeiros crentes deve sempre dizer com o gênio de santo Agostinho e de santo Tomás de Aquino: "Eu não havia de crer se não visse que tenho razão de crer"


Ora, estabelecer os preliminares da fé e dar os motivos de credibilidade é justamente o trabalho que empreendemos. Abriremos um campo imenso à inteligência relatando os textos e testemunhos em que se baseia a nossa fé nos mistérios; discutindo o verdadeiro sentido das afirmações cristãs, justificando-o no tribunal da razão mais exigente, desafiando a razão e a ciência de achar uma só contradição, até um lado um pouco desarrazoado em nossos mistérios mais insondáveis, concluindo sempre, pelos processos mais lógicos, que achamos luz e proveito em aceitar cada um dos mistérios do Cristianismo. Que horizontes rasgados perante a inteligência humana! De que trabalho gigantesco não deu conta esta quando pôde, com santo Tomás de Aquino, colocar cada verdade sobre bases inabaláveis, e tecer aquela ligação maravilhosa que prende, umas às outras, todas as nossas misteriosas crenças, desde a existência de Deus, a Trindade e a criação, até a vida futura e a gloriosa ressurreição, passando pelos dogmas da queda original, da Incarnação, da Redenção e da Eucaristia!Um dos paradoxos da nossa idade que timbra em não se distinguir como uma idade de Fé, é a cega submissão com que milhares de homens, inconformados com a crença em Deus, se entregam a cada charlatão aparecido na imprensa, no cinema ou no microfone. Não podem aceitar a palavra de Deus, mas engolem tudo o que lêem no jornal. Acham absurda a pretensão da Igreja, assistida pelo Espírito Santo, de pronunciar-se infalivelmente sobre o que é e o que não é revelado por Deus em matéria de doutrina e de moral, mas acreditam no mais fantástico cartaz de propaganda política, mesmo ao risco da desonestidade de propagandistas.É-lhes impossível acreditar no Papa quando, com as extremas cautelas e reservas de Roma, faz um dos seus raros pronunciamentos ex cathedra dentro desse estrito campo da "fé e da moral", em que se podia admitir no Vigário de Cristo algum conhecimento. Se, porém, uma estrela de cinema, dessas que amargaram três anos no oitavo grau e acabaram renunciando à esperança de uma alta escola, faz alguma declaração dogmática sobre qualquer assunto, desde casamento até astrofísica, eles a olharão como uma "autoridade".A ironia da situação é que a maioria dos homens não tem nenhum direito intelectual à sua descrença teologal. Estritamente falando, ninguém pode sentir-se com direitos à incredulidade, pois a fé é eminentemente razoável. A inteligência não pode querer ser ininteligente. Mas há poucos que chegaram com toda a sinceridade ao erro, professorando que a fé é inaceitável. Sem respeitar-lhes esse erro, devemos admitir que trabalharam duro para aí chegar. Sua ignorância é invencível. Estão de "boa fé", pensando ter evidência contra a validade da crença. O que supõe, ao menos em teoria, que se vissem as coisas no sentido da fé, mudariam logo.Mas o paradoxo é que, enquanto um ou dois sustentam, em virtude de um falso raciocínio a inaceitabilidade da fé, milhões de outros rejeitam a noção de fé, não por um ato de razão, mas de cega fé. Aqui se evidencia a fraqueza intelectual da nossa civilização: baseia-se na fé para não crer.Há outra enormidade em nossa descrença. Descremos de Deus por força do testemunho dum homem. Rejeitamos a palavra de Deus, à fé na palavra do homem. Os descrentes não aceitam a infalível autoridade de Deus. Se já se submeteram à autoridade falível dos homens!Ora, a razão nos mostra que só Deus pode falar-nos algo de Deus. Que conhecem os homens da sua vida íntima? Os homens só podem exigir fé para as suas proposições sobre Deus quando houver razão para crer que elas não vêm deles, mas de Deus. "As coisas de Deus ninguém conhece, a não ser o Espírito de Deus" (I Cor 2,4).Deus, puro Ato, pura Inteligência, não se limita a ver verdade. Ele é toda a Verdade. Só n'Ele são verdadeiras as verdades. A luz da razão é uma participação natural da sua verdade, e é d'Ele que a razão tira a sua autoridade. É assim que a razão nos ilumina o caminho e nos leva à fé.Mas os homens sem fé teologal, raciocinando com premissas falsas, credulamente recebidas da autoridade falível de homens, usam a luz racional, dada por Deus para discutir contra Ele, contra a fé, contra a própria razão.Resultado mal compreendido porque a fé é muitas vezes proposta como alheia e mesmo contrária à razão. De acordo com essa opinião, a fé é coisa subjetiva, incomunicável, inexplicável. É algo de emocional. Acontece ou não acontece. Se acontece, você "tem fé", e esse fato não influi necessariamente no raciocínio, pois fé é emoção inexplicável. Mas uma fé sem conteúdo intelectual que influência pode ter em nossa concepção da vida ou em nosso proceder? Não parece ser muito mais importante do que ter cabelos vermelhos e olhos azuis. É coisa que acontece a você e não acontece ao vizinho.Essa idéia é o último refúgio do compromisso religioso com o racionalismo. Temendo ser impossível a paz doméstica, a fé se encastela no sótão da casa e deixa o resto à razão. E de fato a fé e a razão deviam caminhar em paz, não foram feitas para viver divorciadas.(...) O "problema da incredulidade" nos tempos modernos é mais um problema de irracionalismo do que de falta de fé. Muitos homens de hoje são desprovidos de suficiente cabeça ou experiência para cometer um pecado formal contra a fé teologal. A falta de fé, tão visível em países como a América, não é descrença formal mas crassa ignorância. É confusão de quem está perdido na cerração e não sabe distinguir a esquerda da direita. O agnosticismo e o ateísmo que grassam no mundo vêm menos da rejeição da verdade revelada, que duma incapacidade de pensar por si mesmo. São felizes os homens de entender claramente as proposições vindas do rádio. Não se pode esperar que julguem a verdade ou a falsidade do que lêem nos jornais que soletram.O primeiro passo para levar os homens à fé é dado no plano da filosofia e não da teologia. É matéria de razão e não de fé. É impossível pedir a alguém que creia em verdades reveladas por Deus, se primeiro não compreende que há um Deus e que Ele pode revelar a Verdade. Na conversão de adultos, a Igreja não lhes pede que sacrifiquem a razão para a creditar em Deus. Ela tenta convencê-los, por argumentos filosóficos, de uma verdade praticamente inegável.Não se pode negar que as provas tradicionais da existência de Deus, as cinco vias de S. Tomás, às vezes não chegam a convencer intelectuais, capazes de pensar. No seu caso, a incapacidade de aceitar essas provas geralmente vem da completa confusão filosófica que prevalece fora da Igreja. Sintoma desta confusão é a incapacidade de filósofos em admitir coisas como o princípio da contradição ou da causalidade, embora vivam no meio de experiências científicas que rendem testemunho a essas leis fundamentais do pensamento.É, pois, sempre, mesmo com intelectuais de certo modo dignos desse nome, a incapacidade de pensar. Apesar de possuírem brilhante e bem armada mente, não podem aceder aos últimos problemas metafísicos, com o seu péssimo equipamento filosófico.(...) O problema da descrença só pode levantar-se quando o homem encontrou o seu caminho para Deus. Qualquer negação da existência de Deus envolve ao menos materialmente um pecado contra a fé




LITURGIA DO DIA 26 DE JUNHO DE 2011




PRIMEIRA LEITURA : 2º Reis 4, 8-11.14-16

XIII DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - I semana do saltério) - Leitura do segundo livro dos Reis - 8Certo dia em que Eliseu atravessava Sunão, veio uma mulher rica do lugar e insistiu com ele para comer em sua casa. Depois disso, cada vez que ele passava por aquele lugar, dirigia-se à casa daquela mulher para tomar ali a sua refeição. 9Ela disse ao seu marido: Escuta: eu sei que esse homem, que passa sempre por nossa casa, é um santo homem de Deus. 10Preparemos-lhe em cima um quarto, obra de pedreiro, onde poremos uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lâmpada; assim poderá acomodar-se ali quando vier à nossa casa. 11Ora, aconteceu que um dia, passando Eliseu por Sunão, retirou-se ao quarto de cima para dormir. 14Eliseu então disse: Que se pode fazer por ela? Ela não tem filhos, respondeu Giezi, e seu marido é idoso. 15Chama-a, disse Eliseu. Giezi chamou-a e ela apareceu à porta. 16Eliseu disse-lhe: Por esse tempo, daqui a um ano, acariciarás um filho. Não, meu senhor, respondeu ela, não zombes de tua escrava, ó homem de Deus! - Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL (SALMO 88)

REFRÃO: Ó senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor
1. Cantarei, eternamente, as bondades do Senhor; minha boca publicará sua fidelidade de geração em geração. Com efeito, vós dissestes: A bondade é um edifício eterno. Vossa fidelidade firmastes no céu. - 2. Feliz o povo que vos sabe louvar: caminha na luz de vossa face, Senhor. Vosso nome lhe é causa de contínua alegria, pela vossa justiça ele se glorifica, - R.
3. porque sois o esplendor de sua força, e é vosso favor que nos faz erguer a cabeça, pois no Senhor está o nosso escudo, e nosso rei no Santo de Israel. - R.

SEGUNDA LEITURA : Romanos 6, 3-4.8-11

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos - Irmãos , 3Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? 4Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova. 8Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele, 9pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele. 10Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus! 11Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus. - Palavra do Senhor.

EVANGELHO : Mateus 10, 37-42

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39Aquele que tentar salvar a sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á. 40Quem vos recebe, a mim recebe. E quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Aquele que recebe um profeta, na qualidade de profeta, receberá uma recompensa de profeta. Aquele que recebe um justo, na qualidade de justo, receberá uma recompensa de justo. 42Todo aquele que der ainda que seja somente um copo de água fresca a um destes pequeninos, porque é meu discípulo, em verdade eu vos digo: não perderá sua recompensa. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/09/1992 - Hoje, mais uma vez, desejo dizer-Ihes: Eu estou com vocês mesmo nestes dias contur-bados, em que satanás quer destruir tudo o que Eu e Meu Filho Jesus estamos construindo. Ele quer arruinar principalmente as suas almas e afastá-los o mais possível da vida cristã e dos mandamentos que a Igreja os convida a viver. Satanás quer destruir tudo o que é santo em vocês e ao redor de vocês. Por isso, filhinhos, rezem, rezem, rezem para poder compreender tudo o que Deus Ihes concede através das minhas vindas - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


Que significa agradar a Deus? Deus agrada-se da alma que encontra cheia da sua realidade, seu amor, sua verdade. Misteriosamente, é conhecendo-O, que agradamos a Deus, pois só podemos conhecer, recebendo no coração a sua luz. A fé, portanto, não só é capaz de penetrar na íntima substância da Verdade de Deus, mas significa um conhecimento redentor. Ela nos "salva". Sua luz é mais do que um raio de especulação: confere a vida, transformando, com a luz e a paz, o ser inteiro do homem, que se torna nova criatura, nasce de novo.Que vida nova é essa? É a presença substancial de Deus. É antes, uma nova presença de Deus que por seu poder, presença e essência, conserva todas as coisas no ser. Esta nova presença é espiritual. Que significa isso? Já a descrevemos. Deus é presente em sua luz, em seu amor. Pela fé, esperança e caridade, Deus torna-se objeto de uma experiência potencial nas profundezas da alma, já que pela graça Ele confere às faculdades o poder e o desejo de possuí-Lo na íntima consciência de nossa união com Ele por amor. Revela-se o interior da alma como objeto de sua mais profunda espera, e promete, por uma presença obscura, a sua clara visão. Suas promessas nos fazem desejar esta visão. E pelo desejo, abraçamos desde já a visão, embora permaneça ela obscura

A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTOS JOÃO E PAULO - Os santos que recordamos hoje pertenceram ao século IV e ali deram um lindo testemunho do martírio no ano de 362, no contexto em que a Igreja de Cristo era perseguida.Eles pertenciam à Corte de Juliano, o Apóstata, que queria que todos os cristãos se rendessem aos deuses do Império. João e Paulo, porém, renunciaram ao cargo, e se retiraram para uma propriedade onde viveram da caridade e servindo aos pobres, testemunhando acima de tudo o amor a Deus.Eram irmãos de sangue, mas responderam pessoalmente ao Evangelho.O Imperador enviou uma autoridade para convencê-los a mudarem de ideia, e oferecerem sacrifícios ao deus Júpiter para não serem condenados. Após alguns dias, os irmãos não negaram sua fé e acabaram morrendo degolados, testemunhando seu amor a Deus.São João e São Paulo, rogai por nós!!

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