segunda-feira, 27 de junho de 2011

CRISTO QUE VAI MORRER - LITURGIA DIÁRIA , 27 DE JUNHO DE 2011

CRISTO QUE VAI MORRER
"[A Eucaristia] é o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar através dos séculos, até o seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição" (Compêndio, n. 271). Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que venha (1 COr 11, 26)



A teologia de São Paulo não chegou até nós sob a forma de instruções catequísticas cuidadosamente meditatas; brotou ao sabor das circunstâncias, por uma série de acidentes providenciais, em ocasiões em que o Apóstolo não pretendia falar de teologia, mas debruçar-se sobre necessidades práticas do momento. É a uma cidente providencial que devemos o seu maravilhoso capítulo sobre a Sagrada Eucaristia, base de tantas coisas que cremos e sabemos sobre o sacramento do altar. Tudo foi a propósito de certos abusos que tinham surgido no seio da Igreja de Corinto - uma cidde portuária de costumes fáceis - e que o Apóstolo tratou de corrigir.Naqueles dias, os cristãos costumavam reunir-se para ter uma refeição que servia de prólogo à celebração dos mistérios divinos. A refeição devia ser em comum; todos os cristãos, tanto ricos como pobres, traziam o que tinham e dividiam-no com os seus irmãos. Mas em Corinto os mais ricos e de melhor posição tinham o costum de chegar antes que os outros e, em tão restrita e agradável companhia, saborear até esgotar as coisas boas que haviam trazido. Desse modo, a preparação para a missa convertera-se para esses poucos num banquete ruidoso, e São Paulo, ao chamá-los ao sentido da decência, indica entre outras coisas que isso não era próprio de uma ocasião que, em certo sentido, devia ser uma manifestação de luto: não se podia participar de uma celebração eucarística sem associá-la à comemoração de uma morte; estavam anunciando a morte de Cristo até que Ele viesse de novo."Até que venha"... Que perspectiva teria São Paulo diante dos olhos ao usar essas palavras? Penso que, se lho tivéssemos perguntado, teria dito que não podia passar muito tempo sem que o seu Mestre retornasse na sua glória. Em todos os pontos daquele mundo mediterrâneo que o Apóstolo conhecia, o Evangelho tinha-se desenvolvido da noite para o dia, como o grão de mostarda da parábola. Em toda parte, as defesas dos antigos deuses já cambaleavam, como acontecia em Corinto, e os gentios começavam a converter-se. Por sua vez, o povo judeu não podia resistir por muito mais tempo a aceitar o Evangelho, já que as promessas eram para eles, e fora por eles em primeiro lugar que Cristo tinha morrido. E quando - dentro de poucos anos, por que não? - judeus e gentios se sentassem à mesma mesa, os céus voltariam a abrir-se e Cristo vivo desceria para julgar o mundo que Cristo moribundo tinha resgatado.Fosse essa ou não a sua impressão, por menos que imaginasse que havia ainda um longo panorama de História aguardando o homem, podemos esatr certos de uma coisa: de que o Espírito SAnto o fazia escrever essas palavras para consolo dos que vivemos tão longe no tempo e num mundo tão diferente. Até que o Senhor venha, passarão idades e idades, e a Igreja ainda sofrerá mil mortes enquanto anuncia, com uma espécie de confiança desesperada, a morte do Mestre que ainda não retornou.Anunciou-a quando escravos e patrícios, fingindo pertencer a uma associação funerária, se reuniam pela calada da noite, entre túmulos e altares pagãos, nas longas galerias subterrâneas que correm misteriosamente sob a superfície dos subúrbios de Roma. Continuou a anunciá-la nos desvãos secretos de velhas mansões campestres, em lugares escondidos dos montes, quando os nossos pais foram perseguidos e os seus sacerdotes mortos por amor à missa e aos ritos antigos. Voltou a anunciá-la em campos de concentração e em prisões sujas, onde católicos deportados arranjavam maneira de conseguir o estritamente necessário para que se celebrasse um sacrifício válido. E cristo ainda não retornou.Que significam as palavras de São Paulo quando diz que, ao participarmos do sacrificio eucarístico e comungarmos, anunciamos a morte do Senhor? Quando inclinamos a cabeça diante das relíquias de um mártir, de certo modo anunciamos a sua morte. Proclamamos que a morte desse homem foi mais preciosa que as mortes comuns, pois foi a prova suprema da sua lealdade e o seu título para merecer a glória do céu; os seus restos mortais são como que um troféu da sua vitória e não duvidamos de que, por Providência de Deus, possuem uma graça e uma influência que poderão servir-nos de ajuda nas nossas necessidades. O santo está vivo, mas no céu; tudo o que aqui nos resta são ossos de um corpo morto. Mas não importa, pois o que anunciamos é a sua morte, e é adequado que o façamos pondo-nos em contato com essa parte muda do seu ser que lembra a forma heróica como morreu.É isto o que São Paulo quer dizer? Que na sagrada comunhão recebemos o corpo morto de Cristo? O católico que aceitasse semelhante conclusão estaria muito mal instruído. Porque, na comunhão, o que recebemos é precisamente o corpo ressuscitado, o corpo vivo de Cristo. Se o nosso coração arde no nosso peito quando voltamos da mesa da comunhão, é porque, da mesma forma que os dois discípulos no caminho de Emaús, demos hospitalidade a Cristo ressuscitado, ainda que escondido sob uma forma que não nos permite reconhecê-lo.O corpo ressuscitado, que podia ignorar as leis da natureza, entrou em nós para nos infundir energia com o seu poder sobrenatural. O corpo ressuscitado, que subiu ao céu na presença dos Apóstolos, entrou em nós para plantar no nosso corpo a semente da imortalidade. Como podia ser o seu corpo morto? Esse não existe, nunca existiu, exceto durante o breve intervalo que decorreu entre a tarde da Sexta-Feira Santa e a manhã do Domingo de Páscoa. Quando veneramos as relíquias de um santo, vemo-lo nelas, mas morto. Quando veneramos Cristo no altar, está ali vivo, embora viva sem ser visto.Como, pois, nos diz São Paulo que anunciamos a morte de Cristo quando comungamos? Não foi ele que escreveu: Cristo, agora que ressuscitou dentre os mortos, já não morre? (Rom 6,9). Não foi ele que escreveu: Muito embora tenhamos conhecido Cristo dessa maneira [segundo a carne, de um modo humano], agora já não o julgamos assim? (2 Cor 5,16). Por que nos diz então que, ao invés de dizer que anunciamos a vida de Cristo, a ressurreição de Cristo? Porque a Sagrada Eucaristia não consiste somente na consagração do pão e do vinho e na sua recepção pelos fiéis, mas é algo mais, é um sacrifício. E como sacrifício que é, exige de certo modo que a vítima se ofereça à morte, a fim de que essa morte seja aplicada às nossas necessidades. O que se anuncia nesses mistérios é Cristo que vai morrer, Cristo morrendo, não Cristo morto.Cristo morrendo... Do ponto de vista histórico, Cristo só podia morrer uma vez; é próprio dos homens morrer uma só vez, e Ele era homem. Podemos dizer, se quisermos, que o Sacrifício da Missa é o eco, a onda, repetida dia após dia, século após século, do sacrifício que Ele fez uma vez e para sempre na cruz. Um eco, uma onda..., são metáforas talvez úteis e gratas, mas não passam de metáforas.O sacrifício da Missa é um mistério cuja relação como sacrifício da cruz talvez seja o aspecto mais misterioso de todos, mas uma coisa é certa: a vítima que nele se apresenta ao Pai eterno para interceder por nós é Cristo moribundo. Foi nessa situação que Ele advogou e advoga pela nossa salvação, que Ele redimiu e redime os nossos pecados. Anunciamos essa morte na Missa, não como algo que se renova misticamente enquanto se pronunciam as palavras da consagração.Desde o momento em que morreu no Calvário até o momento em que virá de novo na sua glória, Cristo moribundo atua continuamente, está continuamente disponível. É nessa situação à beira da morte que intercede por nós quando se oferece na Missa. E é nessa situação – ainda vivo – que vem a nós na sagrada comunhão. Isto é o meu corpo que será entregue por vós...; este é o cálice do meu sangue, [...] que será derramado por vós: assim disse aos Apóstolos quando a sua morte estava ainda no futuro, e assim nos diz agora que a sua morte está no passado.Não é de estranhar que a Igreja, que anuncia a sua morte um dia após outro, tenha assimilado o seu caráter de vítima. O ciclo de vida que Cristo assumiu no corpo natural que tomou da Virgem, sofre-o de novo no seu corpo místico, que é a Igreja. São Paulo sabia-o desde o instante em que caiu ofuscado na estrada de Damasco e ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? O Apóstolo alegrava-se com os seus próprios sofrimentos porque o ajudavam a suprir na sua carne o que falta às tribulações de Cristo pelo seu corpo, que é a Igreja (Col 1,24). Com que freqüência os homens nos dizem, num tom meio de compaixão, meio de desprezo, que pertencemos a uma religião moribunda! Aceitemos o símbolo, orgulhemo-nos da acusação, porque realmente pertencemos e sempre pertenceremos a uma religião moribunda: desde o primeiro momento em que nos refugiamos nas catacumbas até o fim dos tempos. É assim que prossegue a obra da salvação dos homens, e é por isso que a missão da Igreja é anunciar a morte do divino Mestre, até que venha de novo.E como se aplica tudo isto a nós? Não há dúvida de que, quando vamos comungar, devemos pensar, entre outras coisas: “Isto é o seu corpo, que foi dado por mim; este é o seu sangue, que foi derramado por mim. Depois de todo este intervalo de tempo, Ele continua a vir a mim na condição de vítima. E quer imprimir um pouco dessa condição em mim: eu devo ser a cera e Ele o selo”. Não diz a Imitação de Cristo que cabe a todo o cristão levar uma vida moribunda? Talvez não esteja ao meu alcance penetrar muito profundamente nas disposições do meu Salvador crucificado, mas... o que podia, sim, era ser mais humilde quando fracasso, mais resignado quando as coisas não me correm bem, menos ansioso por traçar um gráfico dos meus progressos na virtude, mais disposto a deixar Cristo fazer em mim o que quiser, sem me dizer palavra.Se eu pudesse morrer um pouco para o mundo, para os meus desejos, para mim mesmo! Se pudesse per paciente e esperar a vinda do Senhor, conformando-me, para anunciar a sua morte

LITURGIA DO DIA 27 DE JUNHO DE 2011




PRIMEIRA LEITURA: Gênesis 18, 16-33

XIII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia) - Leitura do livro do Gênesis - 16Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma, e Abraão os ia acompanhando. 17O Senhor disse então: "Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? 18Pois que Abraão deve tornar-se uma nação grande e poderosa, e todos os povos da terra serão benditos nele. 19Eu o escolhi para que ele ordene aos seus filhos e à sua casa depois dele, que guardem os caminhos do Senhor, praticando a justiça e a retidão, para que o Senhor cumpra em seu favor as promessas que lhe fez." 20O Senhor ajuntou: "É imenso o clamor que se eleva de Sodoma e Gomorra, e o seu pecado é muito grande. 21Eu vou descer para ver se as suas obras correspondem realmente ao clamor que chega até mim; se assim não for, eu o saberei." 22Os homens partiram, pois, na direção de Sodoma, enquanto Abraão ficou em presença do Senhor. 23Abraão aproximou-se e disse: "Fareis o justo perecer com o ímpio? 24Talvez haja cinquenta justos na cidade: fá-los-eis perecer? Não perdoaríeis antes a cidade, em atenção aos cinquenta justos que nela se poderiam encontrar? 25Não, vós não poderíeis agir assim, matando o justo com o ímpio, e tratando o justo como ímpio! Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o juiz de toda a terra a justiça?" 26O Senhor disse: "Se eu encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade em atenção a eles." 27Abraão continuou: "Não leveis a mal, se ainda ouso falar ao meu Senhor, embora seja eu pó e cinza. 28Se porventura faltarem cinco aos cinquenta justos, fareis perecer toda a cidade por causa desses cincos?" "Não a destruirei, respondeu o Senhor, se nela eu encontrar quarenta e cinco justos." 29Abraão insistiu ainda e disse: "Talvez só haja aí quarenta." "Não destruirei a cidade por causa desses quarenta." 30Abraão disse de novo: "Rogo-vos, Senhor, que não vos irriteis se eu insisto ainda! Talvez só se encontrem trinta!" "Se eu encontrar trinta, disse o Senhor, não o farei." 31Abraão continuou: "Desculpai, se ouso ainda falar ao Senhor: pode ser que só se encontre vinte." "Em atenção aos vinte, não a destruirei." 32Abraão replicou: "Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez! Que será, se lá forem achados dez?" E Deus respondeu: "Não a destruirei por causa desses dez." 33E o Senhor retirou-se, depois de ter falado com Abraão, e este voltou para sua casa. - Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL (SALMO 102)

REFRÃO: O Senhor é indulgente, é favorável
1. Salmo de Davi. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que existe em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios. - R.
2. É ele que perdoa as tuas faltas, e sara as tuas enfermidades. É ele que salva tua vida da morte, e te coroa de bondade e de misericórdia. - R.
3. O Senhor é bom e misericordioso, lento para a cólera e cheio de clemência. Ele não está sempre a repreender, nem eterno é o seu ressentimento. - R.
4. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga em proporção de nossas faltas, porque tanto os céus distam da terra quanto sua misericórdia é grande para os que o temem; - R.

EVANGELHO : Mateus 8, 18-22

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - 18Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago. 19Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. 20Respondeu Jesus: As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. 21Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai. 22Jesus, porém, lhe respondeu: Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/10/1992 - Convido-os à oração, agora que Satanás está forte e quer apropriar-se das almas, o mais possível. Rezem, queridos filhos, e tenham mais confiança em Mim, porque Eu estou aqui com vocês para ajudá-los e conduzi-los a uma vida nova, por um novo caminho. Por isso, queridos filhinhos, escutem e vivam aquilo que Ihes digo, porque, quando não estiver mais com vocês, será importante recordarem-se das minhas palavras e de tudo o que Ihes disse. Eu Ihes peço que comecem tudo de novo, mudando suas vidas e decidindo-se pela conversão, não em palavras, mas com a vida - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE

“A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento. Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade” - SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO


"A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia” - SÃO FILIPE NERI

“A fé da Igreja é esta: que um só e o mesmo é o Verbo de Deus e o Filho de Maria, que sofreu na cruz, que está presente na Eucaristia, e que reina no céu.” - PAPA PIO XII

“A devoção à eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por objeto; é a mais salutar porque nos dá o próprio autor da graça; é a mais suave, pois suave é o Senhor” - SÃO PIO X

A IGREJA CELEBRA HOJE , NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO -A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateus in Merulana. Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o Auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!!
























































































































































































































































































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