AS FORÇAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO
O que nós sabemos sobre os fins dos tempos, porque Deus o revelou, é o que sinteticamente expusemos, partindo dos textos bíblicos e da interpretação que a Igreja deu a eles, sobretudo no Catecismo da Igreja Católica, que a este respeito resume uma reflexão bimilenária. Nenhuma “revelação privada” poderá modificar ou substituir o que é uma doutrina estabelecida pelo Magistério. Também quaisquer novos particulares trazidos pelas “revelações privadas” certamente não poderão ter a força e a autoridade do ensinamento oficial. Ao cristão, para poder orientar-se convenientemente, basta isto: aventurar-se por outros terrenos pode ser enganador.
O que nós sabemos sobre os fins dos tempos, porque Deus o revelou, é o que sinteticamente expusemos, partindo dos textos bíblicos e da interpretação que a Igreja deu a eles, sobretudo no Catecismo da Igreja Católica, que a este respeito resume uma reflexão bimilenária. Nenhuma “revelação privada” poderá modificar ou substituir o que é uma doutrina estabelecida pelo Magistério. Também quaisquer novos particulares trazidos pelas “revelações privadas” certamente não poderão ter a força e a autoridade do ensinamento oficial. Ao cristão, para poder orientar-se convenientemente, basta isto: aventurar-se por outros terrenos pode ser enganador.
Sobre os fins dos tempos não faltam “revelações privadas” também de santos, como Santa Ildegonda (1186), Santa Hildegard de Bingen (1098-1179) e Santa Brígida (1303-1383), “revelações privadas” contanto que se conservem no âmbito da reta doutrina. A Igreja, reconhecendo a santidade das pessoas, não se expressa sobre a natureza das “revelações privadas”, contanto que se mantenham no âmbito da reta doutrina. Também nós podemos levá-las em consideração, contanto que compatíveis com o quadro da fé. A este respeito, porém, é necessário fazer-se um prudente discernimento. Certas supostas revelações por parte de Jesus ou de Nossa Senhora, que circulam em ambientes católicos, nos deixam, ao contrário, perplexos. Alimentam entre o povo simples a lenda do Anticristo que se sentaria sobre o trono de Pedro ou em suas imediações. Também o tema da corrupção da Igreja é de tal modo exagerado que nos perguntamos se estas chamadas revelações produzidas em âmbito católico não repercutem, ao invés, temas caros às seitas de todas as épocas. Não há dúvida de que os textos bíblicos fazem alusão à perda da fé e ao resfriamento da caridade nos tempos que precedem ao fim e que assim muitos serão os seguidores do Anticristo que terão traído a Igreja. Mas nem a perseguição nem a sedução poderão causar danos à Sé de Pedro e ao colégio apostólico unido a ele, ainda que possa acontecer a deserção de membros individuais. A promessa de Cristo: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela” conservam todo o seu valor até o fim da história.
CHEGARAM OS ÚLTIMOS TEMPOS?
Após esta exposição esquemática da doutrina católica sobre os fins dos tempos é lícito colocar-se a pergunta que não poucos se fazem: “Chegaram os fins dos tempos?”. A este respeito, deve-se em primeiro lugar ter presente um dado certo da doutrina de fé que diz que a vinda do Messias glorioso está suspensa em cada momento da história até o reconhecimento dele por parte de “todo Israel” (CCC n. 674). Antes do reconhecimento de Cristo por parte do povo judeu não se pode falar de fim do mundo.
CHEGARAM OS ÚLTIMOS TEMPOS?
Após esta exposição esquemática da doutrina católica sobre os fins dos tempos é lícito colocar-se a pergunta que não poucos se fazem: “Chegaram os fins dos tempos?”. A este respeito, deve-se em primeiro lugar ter presente um dado certo da doutrina de fé que diz que a vinda do Messias glorioso está suspensa em cada momento da história até o reconhecimento dele por parte de “todo Israel” (CCC n. 674). Antes do reconhecimento de Cristo por parte do povo judeu não se pode falar de fim do mundo.
Expor a impostura religiosa tramada incansavelmente pelo mistério da iniqüidade permanece certamente uma tarefa fundamental para cada geração cristã. Cada época no fundo vive antecipadamente, embora com menor intensidade, o drama do fim. O nosso tempo assistiu a uma grande tribulação e está vivendo uma “grande impostura”. O verdadeiro problema é como sairmos disso vitoriosos e fortificados.
O Magistério eclesiástico, que guia o barco de Pedro entre as vicissitudes da história, nos convida a olhar o futuro com os olhos da esperança. De acordo com um conceito, caro ao Santo Padre (N.T.: Papa João Paulo II), a Igreja se encontra ainda apenas no início da evangelição do mundo. O povo de Deus é convidado a caminhar em direção ao futuro com espírito penitencial, unido à confiança e a sentimentos de gratidão. Não é possível ver como as profecias de desgraça e de grandes tribulações possam ser compatíveis com este clima. Quando os tempos tremendos da suprema impostura e da grande tribulação chegarem, Deus não deixará de dar a luz do discernimento àquele que tiver colocado como cabeça da Igreja.
Traduzido do italiano para o português por Tania
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