Bento XVI afirmou que o catolicismo implica em uma atitude mariana, ao receber no Vaticano, no sábado passado, uma delegação da congregação mariana Mariä Verkündung (Maria Anunciada) de Ratisbona (Alemanha).
“A catolicidade não pode existir sem uma atitude mariana”, afirmou, recordando que “ser católicos quer dizer ser marianos, que isso significa o amor pela Mãe, que na Mãe e pela Mãe encontramos o Senhor”.
O Papa disse que “Maria é a grande crente” que indica a todos “o caminho da fé, a coragem de confiar-nos a esse Deus que se dá em nossas mãos, a alegria de ser testemunhas; e depois, sua determinação de permanecer firme quando todos fogem, a coragem de estar do lado do Senhor quando tudo parecia perdido, e fazer seu o testemunho que conduziu à Páscoa”.
Também expressou sua alegria pelo fato de que “ainda hoje há homens que, junto a Maria, amam o Senhor; que, através de Maria, aprendem a conhecer e a amar o Senhor e, como Ela, dão testemunho do Senhor nas horas difíceis e nas felizes; que estão com Ele aos pés da cruz e que continuam vivendo alegremente a Páscoa junto d'Ele”.
Falando da sua própria experiência no Vaticano, disse que, “por meio das visitas ad limina dos bispos, experimento constantemente como as pessoas – sobretudo na América Latina, mas também nos demais continentes – podem confiar-se à Mãe, podem amar a Mãe e, através da Mãe, depois aprendem a conhecer, a compreender e a amar a Cristo”.
Também confessou que experimenta “como a Mãe continua confiando o mundo ao Senhor”.
Os membros da congregação mariana Maria Anunciada viajaram até o Vaticano para comemorar com o Papa o 70º aniversário do seu ingresso nesta congregação.
Sobre este fato, Bento XVI, expressando sua gratidão e alegria, afirmou que “a admissão na congregação mariana visa ao futuro e não é simplesmente um fato passado. (…) É por isso que, 70 anos depois, esta é uma data do 'hoje', uma data que indica o caminho rumo ao 'amanhã'”.
Daquele momento histórico, recordou que “eram tempos escuros, havia guerra” e que, pouco depois de ser admitido na congregação, esta foi dispersada, mas reconheceu que “permaneceu como 'data interior' da vida”.
Bento XVI também fez uma breve referência à mariologia que se ensinava nas universidades alemãs depois da guerra, indicando que “era um pouco austera e sóbria”; e acrescentou que acredita que hoje “não tenha mudado muito, nem melhorado”.
Finalmente, agradeceu pelo testemunho dos homens que, pertencendo a uma congregação mariana - “caminho aberto pelos jesuítas no século XVI” -, “continuam demonstrando que a fé não pertence ao passado, mas se abre sempre a um 'hoje' e sobretudo a um 'amanhã'”.
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Bento XVI sublinha importância das catequeses pré-matrimoniais
Ao receber os bispos indianos em visita “ad limina”
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 31 de maio de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI destacou que a Palavra de Deus consola e transforma os crentes, individualmente e em comunidade. Esta reflexão fez parte de seu discurso de hoje ao terceiro grupo de bispos da Índia, recebidos nestes dias no Vaticano em audiências separadas, por ocasião de sua visita ad limina.
“A Palavra de Deus não só consola, mas também transforma os crentes, individualmente e em comunidade, para avançar na justiça, na reconciliação e na paz entre eles mesmos e na totalidade da sociedade”, indicou.
Referindo-se em concreto às famílias das dioceses indianas, destacou que são “igrejas domésticas”, “exemplos de amor mútuo, respeito e apoio que deve animar as relações humanas em todos os seus âmbitos”.
“Se não descuidarem da oração, da meditação das Escrituras e participarem plenamente da vida sacramental da Igreja, ajudarão a alimentar esse 'amor incondicional' entre eles e na vida das suas paróquias, e serão fonte de um grande bem para a comunidade em geral”, afirmou.
Durante sua visita, os bispos da Índia transmitiram ao Papa os grandes desafios que ameaçam a unidade, a harmonia e a santidade da família, e o trabalho que deve ser feito para construir uma cultura do respeito ao matrimônio e à vida familiar.
Como resposta, Bento XVI apontou a importância das catequeses, especialmente das pré-matrimoniais.
“Uma catequese profunda, especialmente àqueles que se preparam para o matrimônio, alimentará em grande medida a fé das famílias cristãs e os assistirá para que possam dar testemunho vivo e vibrante da sabedoria ancestral da Igreja com relação ao matrimônio, à família e ao uso responsável do dom de Deus que é a sexualidade”, disse.
Por outro lado, o Pontífice indicou que, “entre as responsabilidades mais importantes dos bispos, a proclamação do Evangelho prevalece”. E destacou que é uma fonte de satisfação que a proclamação da Palavra de Deus produza um rico fruto espiritual nas igrejas locais da Índia.
Em especial, valorizou “a disseminação de pequenas comunidades cristãs nas quais os fiéis se reúnem para rezar, meditar as Escrituras e apoiar-se fraternalmente”.
Bento XVI animou os bispos da Índia a “garantir que a plenitude da Palavra de Deus, que nos chega por meio das Sagradas Escrituras e da tradição apostólica da Igreja, esteja à disposição daqueles que buscam aprofundar em seu conhecimento e amor ao Senhor e na obediência à sua vontade”.
“Cada esforço deve enfatizar que cada indivíduo ou grupo de oração, pela sua própria natureza, nasce e volta à fonte da graça que se encontra nos sacramentos da Igreja e em sua vida litúrgica inteira”, acrescentou.
Valorizou as “sementes da Palavra de Deus” semeadas atualmente na Índia e destacou “os impressionantes sinais da caridade da Igreja em muitos âmbitos ou atividades sociais, um serviço que está a cargo dos seus sacerdotes e religiosos”.
Em concreto, referiu-se às escolas, agências para a promoção de microcréditos, clínicas, orfanatos, hospitais e “inúmeros projetos cujo objetivo é a promoção da dignidade humana e do bem-estar, assistindo os mais pobres e fracos, os marginalizados e idosos, os abandonados e sofredores, ajudando a todos”.
E concluiu: “Que os fiéis a Cristo na Índia continuem assistindo aqueles que estão em necessidade nas comunidades que os cercam, sem distinção”.
Zenit
“A Palavra de Deus não só consola, mas também transforma os crentes, individualmente e em comunidade, para avançar na justiça, na reconciliação e na paz entre eles mesmos e na totalidade da sociedade”, indicou.
Referindo-se em concreto às famílias das dioceses indianas, destacou que são “igrejas domésticas”, “exemplos de amor mútuo, respeito e apoio que deve animar as relações humanas em todos os seus âmbitos”.
“Se não descuidarem da oração, da meditação das Escrituras e participarem plenamente da vida sacramental da Igreja, ajudarão a alimentar esse 'amor incondicional' entre eles e na vida das suas paróquias, e serão fonte de um grande bem para a comunidade em geral”, afirmou.
Durante sua visita, os bispos da Índia transmitiram ao Papa os grandes desafios que ameaçam a unidade, a harmonia e a santidade da família, e o trabalho que deve ser feito para construir uma cultura do respeito ao matrimônio e à vida familiar.
Como resposta, Bento XVI apontou a importância das catequeses, especialmente das pré-matrimoniais.
“Uma catequese profunda, especialmente àqueles que se preparam para o matrimônio, alimentará em grande medida a fé das famílias cristãs e os assistirá para que possam dar testemunho vivo e vibrante da sabedoria ancestral da Igreja com relação ao matrimônio, à família e ao uso responsável do dom de Deus que é a sexualidade”, disse.
Por outro lado, o Pontífice indicou que, “entre as responsabilidades mais importantes dos bispos, a proclamação do Evangelho prevalece”. E destacou que é uma fonte de satisfação que a proclamação da Palavra de Deus produza um rico fruto espiritual nas igrejas locais da Índia.
Em especial, valorizou “a disseminação de pequenas comunidades cristãs nas quais os fiéis se reúnem para rezar, meditar as Escrituras e apoiar-se fraternalmente”.
Bento XVI animou os bispos da Índia a “garantir que a plenitude da Palavra de Deus, que nos chega por meio das Sagradas Escrituras e da tradição apostólica da Igreja, esteja à disposição daqueles que buscam aprofundar em seu conhecimento e amor ao Senhor e na obediência à sua vontade”.
“Cada esforço deve enfatizar que cada indivíduo ou grupo de oração, pela sua própria natureza, nasce e volta à fonte da graça que se encontra nos sacramentos da Igreja e em sua vida litúrgica inteira”, acrescentou.
Valorizou as “sementes da Palavra de Deus” semeadas atualmente na Índia e destacou “os impressionantes sinais da caridade da Igreja em muitos âmbitos ou atividades sociais, um serviço que está a cargo dos seus sacerdotes e religiosos”.
Em concreto, referiu-se às escolas, agências para a promoção de microcréditos, clínicas, orfanatos, hospitais e “inúmeros projetos cujo objetivo é a promoção da dignidade humana e do bem-estar, assistindo os mais pobres e fracos, os marginalizados e idosos, os abandonados e sofredores, ajudando a todos”.
E concluiu: “Que os fiéis a Cristo na Índia continuem assistindo aqueles que estão em necessidade nas comunidades que os cercam, sem distinção”.
Zenit
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