segunda-feira, 30 de maio de 2011

PAPA: "NAZISMO AMEAÇOU FUTURO DO CRISTIANISMO"


Bento XVI recordou que quando ele tinha 14 anos, Hitler já havia dominado metade da Europa, as trevas sombrias do nazismo se estendiam pelo continente e a congregação mariana de Regensburg, onde acabara de ingressar, foi “dispersa aos quatro ventos”, marcando sua vida interior.

Ontem, o papa recebeu em audiência uma delegação de compatriotas integrantes da Congregação e em seu discurso, foi bem além do que constava no papel, falando de improviso e deixando-se levar pelas recordações.

Justamente no dia 28 de maio de 70 anos atrás, o jovem Joseph Ratzinger entrava na Congregação mariana de Regensburg, numa época sombria por causa de Hitler, já marcada pela guerra.

O bispo de Rama evocou aqueles dias remotos e relatou sua experiência pessoal de quando Hitler havia ocupado Polônia, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, a França e posteriormente, a Iugoslávia e a Grécia. “Parecia que a Europa estava nas mãos deste poder, que jogava na incerteza o futuro do cristianismo”.

“Aquela experiência deixou-me um elemento interior... ficou-me claro que não se pode ser católico sem manter uma atitude mariana; que ser católico significa ser mariano”. Esta convicção foi confirmada pelo papa com os estudos de mariologia, concluídos depois da II Guerra Mundial.

Ao grupo, Bento XVI recordou que existem atualmente na Baviera cerca de 40.000 congregações marianas e convidou os membros da delegação de Regensburg a continuarem a dar testemunho do Senhor, nos momentos difíceis como nos felizes”.
Radio Vaticano

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