Prezados irmãos e irmãs, a paz! Hoje os convido a fazermos um exercício de meditação, para o qual teremos que usar também a nossa imaginação. Esse exercício será dirigido pelo nosso inesquecível Pe. Slavko, através de uma meditação conduzida por ele em Medjugorje durante um encontro dos organizadores de peregrinações, em fevereiro de 2000, ano de sua morte.
Acomodem-se de maneira a não se distraírem e fechem os olhos. Vamos lançar um olhar sobre a nossa vida e tentar ver-nos da maneira como Deus nos vê e não como nós nos vemos. Quando uma criança diz à mamãe: “Me pega no colo para eu tocar na lua”, a mamãe não fica lhe explicando o quanto a lua está longe da terra, porque é uma coisa que não se explica às crianças pequenas. Em vez disso, ela pega o filhinho nos braços, o ergue e lhe diz: “Pronto, já tocou”. Muito frequentemente nós nos encontramos em condições idênticas diante de Deus, que sabe muito bem o que nós estamos querendo. Quantas vezes nos disseram que nós não somos bons e que nunca o seremos? Vou agora refletir e viver como se me tivessem dito que não vou viver mais do que seis semanas, portanto, um mês e meio. Então, eu vejo de que modo vivo, eu sei onde estou, as circunstâncias em que morrerei e a idade que tenho. Eu sofro porque devo dizer adeus à minha vida, a todas as pessoas que amo e também a todos aqueles que me são indiferentes. Observo a reação das pessoas a quem digo que vou morrer. Penso naquilo que cada um deles perderá quando eu os tiver deixado. Uma vez morto, me encontro na presença de Deus, falo com Ele, conto-Lhe a minha vida, as pessoas que amei, aquelas que mais amei e até mesmo as coisas de que muito me arrependo.
Silêncio...
Neste momento, ouço Deus me dizendo que tem a intenção de me mandar de volta vivo para a terra. Ele me dá o direito de escolher o lugar onde irei crescer. Homem, mulher? Bem, eu posso escolher o sexo, o caráter, as qualidades, as coisas boas que quero fazer, as minhas virtudes. Se quero nascer numa família rica, numa classe social confortável ou de condições humildes. Todas essas escolhas me são oferecidas, dependem de mim. Posso escolher até mesmo os meus pais: quem será minha mãe, quem será meu pai. Eu posso escolher o modo como transcorrerá a minha infância, o número de irmãos e irmãs, a educação que desejo receber. Escolho os meus divertimentos, o meu trabalho e explico tudo ao Senhor.
Silêncio... Depois de ter explicado ao Senhor as razões das minhas escolhas, Ele me explica, sim, também Ele, da mesma forma, as suas razões, uma vez que foi Ele que escolheu a minha vida atual, cada detalhe. E eu escuto os seus argumentos.
Silêncio...
Eu creio que Deus teve as Suas razões quando me criou com os pais que tenho, com as minhas qualidades, os dons, as cruzes e os sofrimentos; estou convencido de que a minha vida tem um grande valor aos Seus olhos e que Ele pode me dar tudo que Lhe pedir. Mas para estas coisas não recebo respostas seguras. Devo crer como Maria, quando o Anjo Lhe anunciou que seria a mãe do Salvador. Do mesmo modo, eu também posso dizer: “És Tu, Senhor, Aquele que define os meus projetos”.
Ave, Maria...
Maria não disse: “Eu compreendo, Senhor”, mas disse: “Eis-me aqui, sou a tua serva”. Eu posso crer em Deus mesmo que, até agora, eu não tenha compreendido Seus planos e talvez nunca compreenda. No seu grande Amor, Ele tem um projeto bem definido para a minha vida e eu posso responder como Maria: “Eis-me aqui, sou a tua serva, faça-se em mim segundo a tua Palavra”.
Ave, Maria...
Graças à confiança de Maria em Deus, eu posso nutrir o mesmo grande amor que Ela tem por mim “porque o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós”. Ele viveu entre nós e o seu nome era Emanuel, Deus conosco. Deus nos mostra o primeiro de Seus filhos, cujo desejo era viver entre nós. Ele quer a nossa cura e o nosso bem. E “o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós”.
Ave, Maria...
Traduzido do italiano para o português por Tania
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