Queridos irmãos e irmãs, a paz! Neste artigo, com muito humor, o Pe. Slavko nos mostra que a paz é impossível enquanto não nos abrimos ao perdão. Ele também nos conta uma historinha sobre quando satanás conseguiu dominar uma cidade através dos sinais de trânsito... Que possamos, também com humor, refletir sobre nossa vida, tirando a trave dos nossos próprios olhos!
1. Perdoar não é fácil, isto seguramente todos nós sabemos. Ainda mais quando, sobretudo na nossa própia família, ficam repetindo coisas que não nos agradam. Não foi por acaso que Jesus disse que é preciso perdoar “70 vezes 7”, isto é, sempre. Mas muitas vezes nós entramos em contradição conosco mesmos. Queremos ter paz e não queremos perdoar; queremos a paz, mas não queremos pedir perdão. Porque, para pedir perdão, é necessário ter também um pouco de humildade. Pedir perdão significa enxergar também a nossa parte da responsabilidade.
Estamos aqui diante de um grande problema: enxergar a própria culpa, reconhecê-la e pedir perdão. Eu me lembro de uma história verídica. Uma pessoa me disse: “Eu não tenho paz. Não consigo dormir, nem trabalhar, não consigo fazer nada”. E eu lhe perguntei o que também vocês lhe teriam perguntado: “Desde quando não tem paz e por quê?”. Ela me disse: “Uma pessoa me feriu profundamente e eu perdi a paz”. Então, eu lhe disse: “Você precisa perdoar e a paz voltará”. Ela respondeu: “Padre, não consigo, porque me feriram profundamente”. Eu disse: “Mas você procura a paz?”. “Sim, padre. Não consigo dormir, não consigo comer, não consigo trabalhar”. Então eu disse: “Você tem que perdoar!”. “Ah! Não consigo, porque não é a primeira vez que essa pessoa me feriu assim!”. “Mas você quer a paz!”. “Sim, padre!”. Poderíamos ter continuado até o dia seguinte e faltava pouco para que ela entrasse em conflito também comigo.
Todos nós sabemos que, quando somos feridos, é difícil perdoar ou pedir perdão, mas, se queremos a paz, precisamos trabalhar sobre este ponto do perdão em vez de dizer que é impossível perdoar. Deus não pode pedir-nos coisas impossíveis. Se nós pensamos que é impossível, provavelmente não rezamos o suficiente. De fato, Nossa Senhora nos ensina: “Rezem com o coração para poderem perdoar e ser perdoados” (a Ivanka, 25.06.97). Numa mensagem ao grupo de oração, Nossa Senhora disse: “Se você sente em seu coração qualquer coisa contra alguém, reze até o momento em que comece a sentir sentimentos positivos em relação àquela pessoa.”
O problema do perdão é mais grave do que pensamos, sobretudo nas famílias. Veja, quando falamos dos outros com um amigo ou uma amiga, como falamos? Muitas vezes, de modo negativo. E quando somos tentados a falar assim, trata-se sempre do problema do perdão. Dizemos: “A minha vida está difícil por causa do meu pai, da minha mãe, marido, mulher, sogra, nora...”. São sempre os outros os que criam problemas! Quantas vezes dissemos ou ouvimos dizer que a vida do meu pai ou da minha mãe, da minha mulher ou do meu marido está difícil por minha causa? É muito raro ver a dificuldade que os outros têm pelo fato de viverem conosco, mas nós sempre sabemos como a nossa vida está difícil por causa dos outros. É sempre o problema do perdão. Sobretudo esta afirmação: “Eu tenho razão!”.
Vou lhes contar uma historinha. Deus permitiu a satanás dominar um dia uma cidade. E satanás lhe pediu só uma coisa: deixar que os sinais de trânsito da cidade marcassem sempre o verde. Resultado: num minuto, confusão completa! Em cada incidente, cada um tinha razão: o sinal estava verde para o que vinha de um lado, mas também estava verde para o que vinha pelo outro lado! Todos tinham razão. E quem pode perdoar, se está com a razão? E quem pode pedir perdão, se está com a razão? Quantas vezes o sinal, do nosso lado, está sempre verde, e depois achamos que todos ao nosso redor são culpados. Só nós que não somos, porque temos a luz verde...
Vocês já devem ter ouvido os testemunhos dos jovens da Irmã Elvira. Certa vez, um disse: “Nós nos amamos na comunidade não porque não nos conheçamos, mas nos amamos porque nos conhecemos. Não temos medo de dizer ao outro: errei. Nós nos amamos porque conhecemos também as deficiências um do outro”.
1. Perdoar não é fácil, isto seguramente todos nós sabemos. Ainda mais quando, sobretudo na nossa própia família, ficam repetindo coisas que não nos agradam. Não foi por acaso que Jesus disse que é preciso perdoar “70 vezes 7”, isto é, sempre. Mas muitas vezes nós entramos em contradição conosco mesmos. Queremos ter paz e não queremos perdoar; queremos a paz, mas não queremos pedir perdão. Porque, para pedir perdão, é necessário ter também um pouco de humildade. Pedir perdão significa enxergar também a nossa parte da responsabilidade.
Estamos aqui diante de um grande problema: enxergar a própria culpa, reconhecê-la e pedir perdão. Eu me lembro de uma história verídica. Uma pessoa me disse: “Eu não tenho paz. Não consigo dormir, nem trabalhar, não consigo fazer nada”. E eu lhe perguntei o que também vocês lhe teriam perguntado: “Desde quando não tem paz e por quê?”. Ela me disse: “Uma pessoa me feriu profundamente e eu perdi a paz”. Então, eu lhe disse: “Você precisa perdoar e a paz voltará”. Ela respondeu: “Padre, não consigo, porque me feriram profundamente”. Eu disse: “Mas você procura a paz?”. “Sim, padre. Não consigo dormir, não consigo comer, não consigo trabalhar”. Então eu disse: “Você tem que perdoar!”. “Ah! Não consigo, porque não é a primeira vez que essa pessoa me feriu assim!”. “Mas você quer a paz!”. “Sim, padre!”. Poderíamos ter continuado até o dia seguinte e faltava pouco para que ela entrasse em conflito também comigo.
Todos nós sabemos que, quando somos feridos, é difícil perdoar ou pedir perdão, mas, se queremos a paz, precisamos trabalhar sobre este ponto do perdão em vez de dizer que é impossível perdoar. Deus não pode pedir-nos coisas impossíveis. Se nós pensamos que é impossível, provavelmente não rezamos o suficiente. De fato, Nossa Senhora nos ensina: “Rezem com o coração para poderem perdoar e ser perdoados” (a Ivanka, 25.06.97). Numa mensagem ao grupo de oração, Nossa Senhora disse: “Se você sente em seu coração qualquer coisa contra alguém, reze até o momento em que comece a sentir sentimentos positivos em relação àquela pessoa.”
O problema do perdão é mais grave do que pensamos, sobretudo nas famílias. Veja, quando falamos dos outros com um amigo ou uma amiga, como falamos? Muitas vezes, de modo negativo. E quando somos tentados a falar assim, trata-se sempre do problema do perdão. Dizemos: “A minha vida está difícil por causa do meu pai, da minha mãe, marido, mulher, sogra, nora...”. São sempre os outros os que criam problemas! Quantas vezes dissemos ou ouvimos dizer que a vida do meu pai ou da minha mãe, da minha mulher ou do meu marido está difícil por minha causa? É muito raro ver a dificuldade que os outros têm pelo fato de viverem conosco, mas nós sempre sabemos como a nossa vida está difícil por causa dos outros. É sempre o problema do perdão. Sobretudo esta afirmação: “Eu tenho razão!”.
Vou lhes contar uma historinha. Deus permitiu a satanás dominar um dia uma cidade. E satanás lhe pediu só uma coisa: deixar que os sinais de trânsito da cidade marcassem sempre o verde. Resultado: num minuto, confusão completa! Em cada incidente, cada um tinha razão: o sinal estava verde para o que vinha de um lado, mas também estava verde para o que vinha pelo outro lado! Todos tinham razão. E quem pode perdoar, se está com a razão? E quem pode pedir perdão, se está com a razão? Quantas vezes o sinal, do nosso lado, está sempre verde, e depois achamos que todos ao nosso redor são culpados. Só nós que não somos, porque temos a luz verde...
Vocês já devem ter ouvido os testemunhos dos jovens da Irmã Elvira. Certa vez, um disse: “Nós nos amamos na comunidade não porque não nos conheçamos, mas nos amamos porque nos conhecemos. Não temos medo de dizer ao outro: errei. Nós nos amamos porque conhecemos também as deficiências um do outro”.
2. Normalmente dizemos que vivemos mal por causa dos outros e não percebemos quando os outros vivem mal por nossa causa. Quer dizer, vemos a palha no olho do irmão e não a trave que está no nosso. Nesse ponto, podemos colaborar com Maria ou com satanás. Quando passamos por experiências negativas com os outros, quando nos feriram ou falaram mal de nós, o que fazemos? Se continuamos a acusar, a achar que o outro é responsável pela situação, a espalhar estas coisas, nós colaboramos com satanás, porque satanás faz assim. Na Bíblia se diz que satanás se encontra diante do trono de Deus e nos acusa. Em vez disso, nas mensagens de Nossa Senhora encontramos o seguinte: “Eu rezo por vocês...”, “Eu intercedo por vocês diante de Deus...”. Nossa Senhora nos conhece, conhece nossas coisas boas e também as ruins, ainda assim não nos acusa, não nos condena, mas reza por nós.
Agora, quando você passa por uma experiência negativa com alguém e começa a rezar por esta pessoa, você está colaborando plenamente com Nossa Senhora. Veja que, em relação a este ponto, somos todos muito fracos: muitas vezes falamos mal uns dos outros e somos tentados a exagerar as histórias negativas; e, por outro lado, somos tentados a diminuir o bem dos outros. É sempre a colaboração com o negativo! É também uma tentação quando alguém diz: “O que te digo é mesmo verdade!”. Mesmo que seja verdade, você está difundindo as coisas negativas e o negativo se alastra. Este é um bom conselho para todos vocês, sobretudo para aqueles que são muito tentados a falar mal dos outros. Eu digo a eles: continuem a falar mal, mas com uma condição. Antes de tornar a passar adiante coisas negativas, você deve dizer à pessoa com a qual quer falar: “Quando eu terminar de lhe dizer estas coisas negativas, prometa-me que você vai rezar um Rosário comigo por esta pessoa, ou que você vai fazer um dia de jejum pela pessoa que lhe fez mal”. Tenho certeza de que muitos lhe dirão que não têm tempo de escutar coisas ruins e negativas...
Muitas vezes acontece que mesmo as pessoas que rezam muito, rezam o Rosário, vão à missa, etc., quando se encontram com os outros muitas vezes falam mal, fazem fofoca. É preciso decidir-se: com quem você quer colaborar? Com Nossa Senhora ou com satanás? (16 de agosto de 1997)
Padre Slavko Barbaric
Traduzido do italiano para o português por Tania
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