segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um bispo fiel ao Papa

Quando lia a reportagem abaixo intitulada "Feleceu aos 90 anos bispo chinês fiel à Santa Igreja" do site http://oblatvs.blogspot.com/2011/02/feleceu-aos-90-anos-bispo-chines-fiel.html, o meu coração se enchia de jubilo por ver a fidelidade do bispo chinês Dom Agostinho Hu Daguo, que embora sofrendo a ditadura comunista, perseguido e maltratado, humilhado, não renegou a sua fé, não abandonou a Igreja sucumbindo por medo.... E me perguntava: "E se no nosso Brasil entrasse a ditadura comunista, será que os nossos bispos perseverariam?" Hum.... que dúvida cruel! Mas para dizer a verdade acho que muitos deles levantariam a batina (isso para dizer que não a largariam) e sairiam correndo! Tirando as excessões de alguns prelados, basta ver o silêncio da CNBB , que durante a crise política do ano passado, em relação a vida e ao aborto, ficou em cima do muro com medo de dar nomes aos bois e dizer que o PT é um partido Abortista. Graças a Deus que a Regional Sul se salvou do pecado da omissão. Contudo fica a pergunta, será que a CNBB se salvaria??? Bom, chega de perguntas... vamos ao texto:

"Em 17 de fevereiro, com a idade de 90 anos, faleceu Dom Agostinho Hu Daguo, bispo legítimo e clandestino da Prefeitura Apostólica de Shiqian (Shihtsien), na província de Guizhou (China). Passou décadas de sua vida na prisão, em campos de trabalhos forçados e em privação de liberdade por causa de sua fidelidade ao Papa.

O prelado nasceu em 15 de maio de 1921 numa família de tradição cristã de Tongzhou, no condado de Pingtang, Guizhou. Foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1951. Em 4 de abril de 1955, quando era vice-pároco de Youtangkou, foi preso e detido durante três anos no centro de detenção de Guizhou.

Em 1958 foi condenado a dez anos de trabalhos forçados e reeducação em três fábricas de Guizhou. Uma vez cumprida a pena, as autoridades o mantiveram em regime de liberdade condicional, na fábrica de Fuquan. Em seguida foi reabilitado e enviado a lecionar no seminário teológico de Chengdu, na província de Sichuan.

Todavia, as dificuldades do prelado não haviam terminado porque, quatro anos depois, por causa de sua firme fidelidade ao Papa, foi proibido de ensinar. Decidiu regressar a Ghizhou, onde foi nomeado pároco de Duyun, Dushan, Fuquan Tuanbo e Wen'an.

Em 1987 foi consagrado bispo pelo falecido Dom José Fan Xueyan, de Baoding.

"As autoridades civis, que nunca o reconheceram como bispo, impediram-no de residir em Shiqian. Embora tivesse de viver em Duyun, na arquidiocese de Guiyang, ele, com discrição e eficácia, administrou o clero e os fiéis de sua prefeitura apostólica com grande zelo e fervor espiritual, voltando a dar vida e esperança às diferentes comunidades paroquias, dispersas pelas áreas montanhosas", explica o L'Osservatore Romano na edição italiana de 27 de fevereiro.

Em 1999, com quase 80 ano, sofreu um acidente que atingiu a perna, do qual nunca pode restabelecer-se completamente. Com o avanço de sua enfermidade, nos últimos anos, dedicou-se sobretudo a administrar o sacramento da confissão.

"Nele, como em muitos outros bispos chineses que morreram nos últimos anos, cumpriram-se as palavras do livro da Sabedoria: 'As almas dos justos estão nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá'", conclui o jornal vaticano citando o livro de Sabedoria 3, 1."

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