Dia 21/2/2011 foi divulgado o resultado da pesquisa da Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc cujo o título é: Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, trazendo dados sobre os seguintes temas abordados no estudo: Percepção de Ser Mulher; Feminismo e Machismo; Divisão Sexual do Trabalho e Tempo Livre; Corpo, Mídia e Sexualidade; Saúde Reprodutiva e Aborto; Violência Doméstica e Democracia, Mulher e Política.
Diante desses temas, vou trazer para nossa reflexão os dados sobre "violência doméstica".
A cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas violentamente no Brasil, prestou atenção? A cada 2 minutos...enquanto você muda de canal através do controle remoto,5 mulheres são agredidas no Brasil...mas já foi pior, pois esse número era de 8 mulheres a cada 2 minutos há 10 anos atrás.
Eu não vejo esses dados de forma real, eu creio que a situação é pior, pois o público ouvido (amostragem) na minha opinião foi pequeno - 2.365 mulheres e 1.181
homens, com mais de 15 anos de idade, de 25 unidades da federação, cobrindo as áreas urbanas e rurais de todas as macrorregiões do país. O levantamento envolve a inclusão de 176 municípios na amostra feminina e 104 na masculina. Mas, é a informação que temos, então vamos usá-la.
Em pleno século 21, o Brasil que é hoje a 8ª potência econômica rumo à 4ª posição, ainda convive com situações onde mulheres são violentadas (agressor bateu, espancou, deixou marcas, cortes ou fraturas) e mortas diariamente.
O Brasil evoluiu quanto ao processo de erradicar a violência doméstica, em 2006 sancionou a Lei Maria da Penha, em 1985 criou a 1ª Delegacia da Mulher em São Paulo, e há vários programas que auxiliam as mulheres e suas famílias a sobreviverem e iniciar uma nova vida, mas precisamos avançar, pois há muito para se fazer.
As principais razões da agressão (apresentadas na pesquisa) apontam que o ciúmes, o alcoolismo, suspeita de infidelidade e a infidelidade levam os companheiros agredirem suas companheiras. Porém, temos aqui outras razões na minha opinião, e que vale a pena ressaltar, por exemplo: machismo, autoritarismo, drogas, e a cultura.
Não posso esquecer de citar que a mulher é agredida de várias formas, a desqualificação moral é muito comum, quero dizer, chamar a companheira de adúltera,
prostituta, é um exemplo, além de ser um comportamento típico do agressor, do homem machista e controlador ainda enraizado em nossa sociedade.
De acordo com a pesquisa, "18% das mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido;
40% já teriam sofrido alguma modalidade de violência, ao menos uma vez na vida; 24% algum tipo de controle ou cerceamento; 23% alguma violência psíquica ou verbal, e 24%alguma ameaça ou violência física propriamente dita".
Diante de todo esse quadro, ainda temos modalidades de violência mais usadas, como: 16% de mulheres já levaram tapas, empurrões ou foram sacudidas, 16% sofreram xingamentos e ofensas recorrentes devido a sua conduta sexual, 15% foram controladas a respeito do local aonde iam e com quem sairiam, 13% sofreram ameaças de surra e, 10% já foi de fato espancada ao menos uma vez na vida.
Vejo que o ponto a ser tratado aqui é a educação, o respeito ao próximo, já escrevi outros artigos falando sobre a falta de respeito com o outro, com o diferente, e
essa situação não é nem um pouco diferente. Precisamos educar nossas crianças a respeitar tudo e todos, a "respeitar a mulher", o próximo, o diferente, pois só
assim daqui algumas décadas poderemos colher os frutos de uma sociedade equilibrada, mais justa e humana.
Um lar onde há violência, os filhos também serão violentos e, aí surge o círculo vicioso que vivemos até hoje. Precisamos crescer, amadurecer, criar filhos limpando
casa, lavando louça, arrumando a cama se necessário - não podemos dizer: "homem não faz serviço de casa", por exemplo; não podemos aceitar que a mulher seja chamada de "cachorra" e "que só um tapinha não dói".
Precisamos mudar, e essa mudança deve começar nas mulheres, devemos iniciar em nossos lares, e se espalhar por onde vivemos.
Ame, respeite e acredite, você pode e deve ser feliz sem bater e sem sofrer qualquer agressão física ou moral. Eduque seus filhos com amor, na justiça, na verdade e respeitando o mundo em que se vive, dessa forma teremos um Brasil mais respeitoso e mais humano.
Karina Perri
Diante desses temas, vou trazer para nossa reflexão os dados sobre "violência doméstica".
A cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas violentamente no Brasil, prestou atenção? A cada 2 minutos...enquanto você muda de canal através do controle remoto,5 mulheres são agredidas no Brasil...mas já foi pior, pois esse número era de 8 mulheres a cada 2 minutos há 10 anos atrás.
Eu não vejo esses dados de forma real, eu creio que a situação é pior, pois o público ouvido (amostragem) na minha opinião foi pequeno - 2.365 mulheres e 1.181
homens, com mais de 15 anos de idade, de 25 unidades da federação, cobrindo as áreas urbanas e rurais de todas as macrorregiões do país. O levantamento envolve a inclusão de 176 municípios na amostra feminina e 104 na masculina. Mas, é a informação que temos, então vamos usá-la.
Em pleno século 21, o Brasil que é hoje a 8ª potência econômica rumo à 4ª posição, ainda convive com situações onde mulheres são violentadas (agressor bateu, espancou, deixou marcas, cortes ou fraturas) e mortas diariamente.
O Brasil evoluiu quanto ao processo de erradicar a violência doméstica, em 2006 sancionou a Lei Maria da Penha, em 1985 criou a 1ª Delegacia da Mulher em São Paulo, e há vários programas que auxiliam as mulheres e suas famílias a sobreviverem e iniciar uma nova vida, mas precisamos avançar, pois há muito para se fazer.
As principais razões da agressão (apresentadas na pesquisa) apontam que o ciúmes, o alcoolismo, suspeita de infidelidade e a infidelidade levam os companheiros agredirem suas companheiras. Porém, temos aqui outras razões na minha opinião, e que vale a pena ressaltar, por exemplo: machismo, autoritarismo, drogas, e a cultura.
Não posso esquecer de citar que a mulher é agredida de várias formas, a desqualificação moral é muito comum, quero dizer, chamar a companheira de adúltera,
prostituta, é um exemplo, além de ser um comportamento típico do agressor, do homem machista e controlador ainda enraizado em nossa sociedade.
De acordo com a pesquisa, "18% das mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido;
40% já teriam sofrido alguma modalidade de violência, ao menos uma vez na vida; 24% algum tipo de controle ou cerceamento; 23% alguma violência psíquica ou verbal, e 24%alguma ameaça ou violência física propriamente dita".
Diante de todo esse quadro, ainda temos modalidades de violência mais usadas, como: 16% de mulheres já levaram tapas, empurrões ou foram sacudidas, 16% sofreram xingamentos e ofensas recorrentes devido a sua conduta sexual, 15% foram controladas a respeito do local aonde iam e com quem sairiam, 13% sofreram ameaças de surra e, 10% já foi de fato espancada ao menos uma vez na vida.
Vejo que o ponto a ser tratado aqui é a educação, o respeito ao próximo, já escrevi outros artigos falando sobre a falta de respeito com o outro, com o diferente, e
essa situação não é nem um pouco diferente. Precisamos educar nossas crianças a respeitar tudo e todos, a "respeitar a mulher", o próximo, o diferente, pois só
assim daqui algumas décadas poderemos colher os frutos de uma sociedade equilibrada, mais justa e humana.
Um lar onde há violência, os filhos também serão violentos e, aí surge o círculo vicioso que vivemos até hoje. Precisamos crescer, amadurecer, criar filhos limpando
casa, lavando louça, arrumando a cama se necessário - não podemos dizer: "homem não faz serviço de casa", por exemplo; não podemos aceitar que a mulher seja chamada de "cachorra" e "que só um tapinha não dói".
Precisamos mudar, e essa mudança deve começar nas mulheres, devemos iniciar em nossos lares, e se espalhar por onde vivemos.
Ame, respeite e acredite, você pode e deve ser feliz sem bater e sem sofrer qualquer agressão física ou moral. Eduque seus filhos com amor, na justiça, na verdade e respeitando o mundo em que se vive, dessa forma teremos um Brasil mais respeitoso e mais humano.
Karina Perri
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