Tudo o que possuímos é dom de Deus, a começar por nossas vidas!
Toda a criação foi dada ao homem como dom do Pai, assim como os dons para administrar, transformar e desenvolver o Universo. A natureza foi criada por Deus como ambiente próprio para a vida, e o homem, sendo ser da natureza, está condicionado a ela para viver, ou seja, precisamos de condições naturais - água, luz, alimento - para sobrevivermos. E diariamente recebemos, em abundância, todas essas condições vitais.
Assim, quero concluir que, Deus nos sustenta e nos torna capazes de nossas realizações, através de Sua amorosa Providência. Nada mais justo que o homem separe uma parte do fruto produzido e a ofereça, em sinal de reconhecimento, ao Pai, doador de todos os bens.
Investir nos bens materiais que possuímos é uma necessidade, que não deve ser prioritária nas nossas vidas, uma vez que, não podemos carregá-las conosco eternamente... elas não tem valor pra Deus. Por outro lado, todo nosso compromisso com Deus, com sua Igreja e com o próximo será por Ele recompensado. São Paulo exprime isso assim: "(...) aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria." (2Cor 9,6-7)
Devemos então, "investir em Deus"! E isso podemos fazer de várias maneiras, conforme as regras do nosso coração, mas não devemos dar as nossas sobras e sim, partilhar aquilo que o outro necessita: contribuir com a nossa Igreja/comunidade regularmente, através do dízimo; ou no âmbito social, zelar pela promoção da vida humana, pelos mais necessitados; e diariamente dedicar horas do nosso dia à Nosso Senhor.
Quanto a isso, gostaria de lembrar de uma homilia do Pe. Eugênio, onde ele disse mais ou menos assim, que o dízimo insinua um entendimento aritmético e significa a décima parte de algo, ou seja, 10%. E que todas as Igrejas, enquanto comunidade precisam e contam com o dízimo para se manterem. Mas que Deus não precisa de dinheiro, o dízimo que Ele nos cobra, é que nos dedicamos a Ele a décima parte da nossa vida, ou seja, num dia - 24 horas - deveríamos honrar e dedicar à Nosso Senhor 2 hora e 40 minutos, pelo menos. Esse é o verdadeiro sentido do dízimo!
A verdade é que temos o privilégio de, num ato de fé, atender as necessidades da nossa comunidade e dos nossos irmãos mais necessitados, e com isso, oferecer a Deus uma gratidão de tudo o que dEle recebemos, isso nos faz crescer na fé e na salvação pessoal.
O verdadeiro cristão reconhece a soberania de Deus sobre todas as coisas e é capaz de se pôr a serviço dos irmãos e do Reino de Deus, sem nada exigir, com alegria e sem medir esforços. E por fim, reconhecer não estar fazendo nada mais do que sua obrigação.
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