terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aborto: defender a vida humana é ser progressista

Contra o aborto. Aborto é o assassinato de um ser humano inocente e indefeso. A pena de morte é proibida no Brasil, mesmo que o criminoso cometa o crime mais horroroso do mundo. Uma criança inocente e indefesa não pode ser julgada e assassinada, por decisão unilateral de uma pessoa. 82% do povo brasileiro é contra a liberação do aborto (Ibope após eleições). As brasileiras querem a vida, a alegria de viver. Matar pessoas não está na alma das mulheres brasileiras, nem na dos homens brasileiros responsáveis.

Ciência. Muitas pessoas desconhecem que existe um ser humano no útero da mulher. Pensam que é um pedaço de carne, que pode ser sugado e jogado no lixo. A especialidade clínica fetal tem realizado cirurgias em fetos dentro do útero da mulher, preservando a vida nascente e a da mulher. Estudos apontam que a comunicação entre uma criança no útero e o mundo exterior se dá cada vez mais precocemente.Precisamos esclarecer a todos que há vida humana no útero da mulher.

Barbarismo. Hitler defendeu o assassinato dos seres humanos para se livrar de doentes, velhos e inválidos. Hodiernamente, são usados argumentos econômicos e de segurança pública. Como alguém, em pleno século 21, pode defender que devemos matar pessoas para reduzir custos governamentais ou para melhorar a vida dos adultos? Como alguém pode afirmar que uma criança que vai nascer será criminosa antes que ela própria chegue à idade do discernimento ? É puro barbarismo!

Falta de assistência médica. O IBGE, no estudo “Nascimentos no Brasil: o que dizem as informações ?”, indica que a falta de assistência médica é a principal causa dos abortos. Diz o documento; “O acesso à assistência pré-natal é considerado uma condição sine qua non que a gestação transcorra sem problemas tanto para a mãe quanto para o filho, ou, pelo menos, que haja um acompanhamento médico para as situações de risco. Alguns estudos mostram que a maioria das mortes por causas maternas são evitáveis, se ações que objetivam a qualidade da assistência perinatal e o acesso aos serviços de saúde da gestante forem tomadas (BRASIL...,1997; ALMEIDA; BARROS,2005).” Acrescenta: “A avaliação por Unidades da Federação para o ano de 2006 mostra as desigualdades regionais, no que se refere à assistência pré-natal. Enquanto em São Paulo e no Paraná o total de nascidos vivos cujas mães realizaram sete ou mais consultas foi superior a 70%, no Amapá essa proporção não atingiu 25%.” O essencial é dar assistência médica, psicológica e material para todas as gestantes, desde a fecundação, com pelo menos sete consultas, para manter as vidas das crianças e das mulheres.

Religião. O aborto não é uma questão religiosa, mas humanitária. Defender a vida humana, desde a fecundação, é defender os direitos humanos. A vida não pode ser banalizada, com a eliminação dos idosos, ou com a retirada do ser inocente e indefeso do útero da mulher. A dignidade do ser humano começa no útero da mulher. Mas, defender a vida também é uma determinação de Jesus Cristo, que disse: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância.”(Jo, 10,10)

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini – Bispo de Guarulhos

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