
Ciência. Muitas pessoas desconhecem que existe um ser humano no útero da mulher. Pensam que é um pedaço de carne, que pode ser sugado e jogado no lixo. A especialidade clínica fetal tem realizado cirurgias em fetos dentro do útero da mulher, preservando a vida nascente e a da mulher. Estudos apontam que a comunicação entre uma criança no útero e o mundo exterior se dá cada vez mais precocemente.Precisamos esclarecer a todos que há vida humana no útero da mulher.
Barbarismo. Hitler defendeu o assassinato dos seres humanos para se livrar de doentes, velhos e inválidos. Hodiernamente, são usados argumentos econômicos e de segurança pública. Como alguém, em pleno século 21, pode defender que devemos matar pessoas para reduzir custos governamentais ou para melhorar a vida dos adultos? Como alguém pode afirmar que uma criança que vai nascer será criminosa antes que ela própria chegue à idade do discernimento ? É puro barbarismo!
Falta de assistência médica. O IBGE, no estudo “Nascimentos no Brasil: o que dizem as informações ?”, indica que a falta de assistência médica é a principal causa dos abortos. Diz o documento; “O acesso à assistência pré-natal é considerado uma condição sine qua non que a gestação transcorra sem problemas tanto para a mãe quanto para o filho, ou, pelo menos, que haja um acompanhamento médico para as situações de risco. Alguns estudos mostram que a maioria das mortes por causas maternas são evitáveis, se ações que objetivam a qualidade da assistência perinatal e o acesso aos serviços de saúde da gestante forem tomadas (BRASIL...,1997; ALMEIDA; BARROS,2005).” Acrescenta: “A avaliação por Unidades da Federação para o ano de 2006 mostra as desigualdades regionais, no que se refere à assistência pré-natal. Enquanto em São Paulo e no Paraná o total de nascidos vivos cujas mães realizaram sete ou mais consultas foi superior a 70%, no Amapá essa proporção não atingiu 25%.” O essencial é dar assistência médica, psicológica e material para todas as gestantes, desde a fecundação, com pelo menos sete consultas, para manter as vidas das crianças e das mulheres.
Religião. O aborto não é uma questão religiosa, mas humanitária. Defender a vida humana, desde a fecundação, é defender os direitos humanos. A vida não pode ser banalizada, com a eliminação dos idosos, ou com a retirada do ser inocente e indefeso do útero da mulher. A dignidade do ser humano começa no útero da mulher. Mas, defender a vida também é uma determinação de Jesus Cristo, que disse: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância.”(Jo, 10,10)
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini – Bispo de Guarulhos
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