A DIGNIDADE DO SACERDOTE
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
Às vezes se diz que "Deus castiga aos que ama". Mas não é verdade, porque para aqueles que amam a Deus, as provas não são castigos, e sim graças
SANTO CURA D'ARS
MENSAGEM DO DIA 25/02/2004 - Queridos Filhos! Também hoje, como nunca antes, convido-os a abrirem seus corações às minhas mensagens. Filhinhos, sejam aqueles que atraem as almas para Deus e não aqueles que as afastam. Eu estou com vocês e amo todos vocês com um amor particular. Este é tempo de penitência e conversão. Do fundo de meu Coração convido-os: sejam meus com todo o seu coração, e então verão que seu Deus é grande, porque Ele lhes dará bênção e a paz em abundância. Obrigada por terem correspondido a Meu apelo - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
Às vezes se diz que "Deus castiga aos que ama". Mas não é verdade, porque para aqueles que amam a Deus, as provas não são castigos, e sim graças
SANTO CURA D'ARS
I - IDÉIA DA DIGNIDADE SACERDOTAL
Diz Sto. Inácio mártir que a dignidade sacerdotal tem a supremacia entre todas as dignidades criadas2. Santo Efrém exclama: “É um prodígio espantoso a dignidade do sacerdócio, é grande, imensa, infinita3. Segundo S. João Crisóstomo, o sacerdócio, embora se exerça na terra, deve ser contado no número das coisas celestes4. Citando Sto. Agostinho, diz Bartolomeu Chassing que o sacerdote, alevantado acima de todos os poderes da terra e de todas as grandezas do Céu, só é inferior a Deus5. e Inocêncio III assegura que o sacerdote está colocado entre Deus e o homem; é inferior a Deus, mas maior que o homem6. Segundo S. Dionísio, o sacerdócio é uma dignidade angélica, ou antes divina; por isso chama ao padre um homem divino7. Numa palavra, concluí Sto. Efrém, a dignidade sacerdotal sobreleva a tudo quanto se pode conceber8. Basta saber-se que, no dizer do próprio Jesus Cristo, os padres devem ser tratados como a sua pessoa: Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim despreza9. Foi o que fez dizer ao autor da Obra imperfeita: Honrar o sacerdote de Cristo, é honrar o Cristo; e fazer injúria ao sacerdote de Cristo, é fazê-la a Cristo”10. Considerando a dignidade dos sacerdotes, Maria d’Oignies beijava a terra em que eles punham os pés.
II - IMPORTÂNCIA DAS FUNÇÕES SACERDOTAIS
Mede-se a dignidade do padre pelas altas funções que ele exerce. São os padres escolhidos por Deus, para tratarem na terra de todos os seus negócios e interesses; é uma classe inteiramente consagrada ao serviço do divino Mestre, diz S. Cirilo de Alexandria11. Também Sto. Ambrósio chama ao ministério sacerdotal uma “profissão divina”12. O sacerdote é o ministro, que o próprio Deus estabeleceu, como embaixador público de toda a Igreja junto dele, para o honrar, e obter da sua bondade as graças necessárias a todos os fiéis. Não pode a Igreja inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra, nem obter dele tantas graças, como um só padre que celebra uma missa. Com efeito, sem os padres, não poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício mais honroso que o da vida de todos os homens: mas o que era a vida de todos os homens, comparada com a de Jesus Cristo, cujo sacrifício tem um valor infinito? O que são todos os homens diante de Deus senão um pouco de pó, ou antes um nada? Isaías diz: São como uma gota de água... e todas as nações são diante dele, como se não fossem13. Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens, morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda, por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote celebrando no altar. Além disso, o padre que celebra oferece a Deus um tributo de reconhecimento condigno da sua bondade infinita, por todas as graças que ele há sempre concedido, mesmo aos bem-aventurados que estão no Céu. Este reconhecimento condigno nem todos os bem-aventurados juntos o poderiam prestar; de modo que, ainda sob este ponto de vista, a dignidade do padre está acima de todas as dignidades, sem exceptuar as do Céu. Mais, o padre é um embaixador enviado pelo universo inteiro, como
intercessor junto de Deus, para obter as suas graças para todas as criaturas; assim fala S. João Crisóstomo14. Santo Efrém ajunta que o padre trata familiarmente com Deus15. Para o padre, numa palavra, não há nenhuma porta fechada. Jesus Cristo morreu para fazer um padre. Não era necessário que o Redentor morresse para salvar o mundo: uma gota de sangue, uma lágrima, uma prece lhe bastava para salvar todos os homens; porque, sendo esta prece dum valor infinito, era suficiente para salvar, não um mundo, mas milhares de mundos. Pelo contrário, foi necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um padre: pois, doutro modo, — onde se encontraria a Vítima que os padres da
lei nova oferecem hoje a Deus, Vítima santíssima, sem mancha, só por si suficiente para honrar a Deus duma maneira condigna de Deus? O sacrifício da vida de todos os anjos e de todos os homens não seria capaz, comoacabamos de dizer, de prestar a Deus a honra infinita, que lhe presta um padre com uma só missa.
III - EXCELÊNCIA DO PODER SACERDOTAL
Mede-se também a dignidade do padre pelo poder que ele exerce sobre o corpo real e o corpo místico de Jesus Cristo. Quanto ao corpo real, é de fé que no momento em que o padre consagra, o Verbo encarnado se obrigou a obedecer-lhe, vindo às suas mãos sob as espécies sacramentais. Causou espanto que Deus obedecesse a Josué, e mandasse ao sol que se detivesse à sua voz, quando ele disse: Sol! fica-te imóvel diante de Gabaon... E o sol deteve-se no meio do Céu16. Mas é muito maior prodígio que Deus, em obediência a poucas palavras do padre17, desça sobre o altar, ou a qualquer parte em que o sacerdote o chame, quantas vezes o chamar, e se ponha entre as suas mãos, embora esse sacerdote seja seu inimigo! Aí permanece inteiramente à disposição do padre, que pode transportá-lo à sua vontade dum lugar para outro, encerrá-lo no tabernáculo, expô-lo no altar, ou ministrá-lo aos outros. É o que exprimecom admiração S. Lourenço Justiniano, falando dos padre: “Bem alto é o poder que lhes é dado! Quando querem, demudam o pão em corpo de Cristo: o Verbo encarnado desde do Céu e desce verdadeiramente à mesa do altar! É-lhes dado um poder que nunca foi outorgado aos anjos. Estes conservam- se junto do trono de Deus; os sacerdotes têm-no nas mãos, dão-no ao povo e eles próprios o comungam”18. Quando ao corpo místico de Jesus Cristo, que se compõe de todos os fiéis, tem o sacerdote o poder das chaves: pode livrar do inferno o pecador, torná-lo digno do Paraíso, e, de escravo do demónio, fazê-lo filho de Deus. O próprio Jesus Cristo se obrigou a estar pela sentença do padre, em recusar ou conceder o perdão, conforme o padre recusar ou dar a absolvição, contanto que o penitente seja digno dela. De modo que o juízo de Deus está na mão do padre, diz S. Máximo de Turim19. A sentença do padre precede, ajuda S. Pedro Damião, e Deus a subscreve20. Assim, conclui S. João Crisóstomo, o Senhor supremo do universo não faz senão seguir o seu servo, confirmando no Céu tudo quanto ele decide na terra21. Os padres, diz Sto. Inácio mártir, são os dispensadores das graças divinas e os consócios de Deus22. E, segundo S. Próspero, são a honra e as colunas da Igreja, portas e porteiros do Céu23. Se Jesus Cristo descesse a uma igreja, e se sentasse num confessionário para administrar o sacramento da Penitência, ao mesmo tempo que um padre sentado no outro, o divino Redentor diria: Ego te absolvo o padre diria o mesmo: Ego te absolvo; e os penitentes ficariam igualmente absolvidos, tanto por um como pelo outro. Que honra para um súbdito, se o seu rei lhe desse poder para livrar da prisão quem lhe aprouvesse! Mas muito maior é o poder dado pelo Padre Eterno a Jesus Cristo, e por Jesus Cristo aos padres, para livrarem do inferno, não só os corpos, mas até as almas; esta reflexão é de S. João Crisóstomo24.
IV -A DIGNIDADE DO PADRE EXCEDE TODAS AS DIGNIDADES CRIADAS
A dignidade sacerdotal é pois neste mundo a mais alta de todas as dignidades, nota Sto. Ambrósio25. Ela excede, diz S. Bernardo, todas as dignidades dos imperadores e dos anjos26. Santo Ambrósio ajunta que a dignidade do padre sobreleva à dos reis como o ouro ao chumbo27. A razão disso, segundo S. João Crisóstomo, é que o poder dos reis só se estendem aos bens temporais e aos corpos, ao passo que o dos padres abrange os bens espirituais e as almas28. Donde se conclui, em conformidade com o que fica exposto, que o poder ou a dignidade do padre é tão superior à dos príncipes como a alma ao corpo; era o que já tinha dito o Papa S. Clemente29. É uma glória para os reis da terra honrar os padres; é isso próprio dum bom príncipe, diz o Papa Marcelo30. Os reis, diz Pedro de Blois, apressam-se a dobrar o joelho diante do sacerdote, a beijar-te a mão, e a abaixar humildemente a cabeça para receberem a sua bênção31. Reconhecem assim a superioridade do sacerdócio, diz S. João Crisóstomo32. Conta Barónio33 que Leôncio, bispo de Trípoli, tendo sido chamado à côrte pela imperatriz Eusébia, lhe mandara dizer que, se queria a visita dele, era necessário que primeiro aceitasse as seguintes condições: que à sua chegada a imperatriz desceria do seu trono, viria inclinar a cabeça sob as suas mãos, pedir-lhe e receber dele a bênção; depois ele se assentaria, e ela só o poderia fazer com permissão sua. Terminava por dizer-lhe que, a não se darem essas condições, jamais poria os pés na sua côrte. Convidado para a mesa do imperador Máximo, S. Martinho brindou primeiro o seu capelão e só depois o imperador34. No Concílio de Nicéia, quis Constantino Magno ocupar o último lugar, depois de todos os sacerdotes, num assento menos elevado; e ainda se não quis assentar sem permissão deles35. O santo rei Boleslau tinha pelos sacerdotes uma tal veneração que não se assentava na presença deles. A dignidade sacerdotal ultrapassa até a dos anjos, razão por que também estes a veneram36. Velam os anjos da guarda pelas almas que lhe estão confiadas, de modo que, se elas se encontram em estado de pecado mortal, excitam-nas a recorrer aos sacerdotes, esperando que eles pronunciem a sentença de absolvição; assim fala S. Pedro Damião37. Se um moribundo pedir a assistência de S. Miguel, bem poderá, é verdade, este glorioso arcanjo expulsar os demónios que o cercarem, mas não quebrar-lhes as cadeias, se não vier um padre que o absolva. Acabando S. Francisco de Sales de conferir a ordem de presbítero a um digno clérigo, notou à saída que ele trocava algumas palavras com outra pessoa, a quem queria ceder a passo. Interrogado pelo Santo, respondeu ao jovem sacerdote que o Senhor o tinha honrado com a presença visível do seu anjo da guarda. Este antes da sua elevação ao sacerdócio caminhava à sua direita e precedia-o, mas agora tomava a esquerda e recusava caminhar diante; por isso ele se tinha ficado à porta, numa santa contenda com o anjo. S. Francisco de Assis dizia: “Se eu visse um padre, primeiro ajoelharia diante do padre, e depois diante do anjo38”. Mais ainda, o poder do padre excede até o da santíssima Virgem; porque a Mãe de Deus pode pedir por uma alma e obter-lhe quanto quiser pelas suas súplicas, mas não pode absolvê-la da menor falta. Escutemos Inocêncio III: “Embora a santíssima Virgem esteja elevada acima dos apóstolos, não foi contudo a ela, mas a eles que o Senhor confiou as chaves do reino dos céus39”. Por outro lado, S. Bernardino de Sena, dirigindo-se a Maria, diz igualmente que Deus elevou o sacerdócio acima dela40; e eis a razão que dá: Maria concebeu Jesus Cristo uma só vez; o padre pela consagração concebe-o, por assim dizer, quantas vezes quer; de modo que, se a pessoa do Redentor ainda não existisse no mundo, o padre, pronunciando as palavras das consagração, produziria realmente esta pessoa sublime do Homem-Deus. Daqui esta bela exclamação de Sto. Agostinho: “Ó venerável dignidade a dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna como encarnou no seio da Virgem!41”. Por isso S. Bernardo, entre muitos outros, chama aos padres pais de Jesus Cristo42. De fato, são causa da existência real da pessoa de Jesus Cristo na Hóstia consagrada
Diz Sto. Inácio mártir que a dignidade sacerdotal tem a supremacia entre todas as dignidades criadas2. Santo Efrém exclama: “É um prodígio espantoso a dignidade do sacerdócio, é grande, imensa, infinita3. Segundo S. João Crisóstomo, o sacerdócio, embora se exerça na terra, deve ser contado no número das coisas celestes4. Citando Sto. Agostinho, diz Bartolomeu Chassing que o sacerdote, alevantado acima de todos os poderes da terra e de todas as grandezas do Céu, só é inferior a Deus5. e Inocêncio III assegura que o sacerdote está colocado entre Deus e o homem; é inferior a Deus, mas maior que o homem6. Segundo S. Dionísio, o sacerdócio é uma dignidade angélica, ou antes divina; por isso chama ao padre um homem divino7. Numa palavra, concluí Sto. Efrém, a dignidade sacerdotal sobreleva a tudo quanto se pode conceber8. Basta saber-se que, no dizer do próprio Jesus Cristo, os padres devem ser tratados como a sua pessoa: Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim despreza9. Foi o que fez dizer ao autor da Obra imperfeita: Honrar o sacerdote de Cristo, é honrar o Cristo; e fazer injúria ao sacerdote de Cristo, é fazê-la a Cristo”10. Considerando a dignidade dos sacerdotes, Maria d’Oignies beijava a terra em que eles punham os pés.
II - IMPORTÂNCIA DAS FUNÇÕES SACERDOTAIS
Mede-se a dignidade do padre pelas altas funções que ele exerce. São os padres escolhidos por Deus, para tratarem na terra de todos os seus negócios e interesses; é uma classe inteiramente consagrada ao serviço do divino Mestre, diz S. Cirilo de Alexandria11. Também Sto. Ambrósio chama ao ministério sacerdotal uma “profissão divina”12. O sacerdote é o ministro, que o próprio Deus estabeleceu, como embaixador público de toda a Igreja junto dele, para o honrar, e obter da sua bondade as graças necessárias a todos os fiéis. Não pode a Igreja inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra, nem obter dele tantas graças, como um só padre que celebra uma missa. Com efeito, sem os padres, não poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício mais honroso que o da vida de todos os homens: mas o que era a vida de todos os homens, comparada com a de Jesus Cristo, cujo sacrifício tem um valor infinito? O que são todos os homens diante de Deus senão um pouco de pó, ou antes um nada? Isaías diz: São como uma gota de água... e todas as nações são diante dele, como se não fossem13. Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens, morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda, por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote celebrando no altar. Além disso, o padre que celebra oferece a Deus um tributo de reconhecimento condigno da sua bondade infinita, por todas as graças que ele há sempre concedido, mesmo aos bem-aventurados que estão no Céu. Este reconhecimento condigno nem todos os bem-aventurados juntos o poderiam prestar; de modo que, ainda sob este ponto de vista, a dignidade do padre está acima de todas as dignidades, sem exceptuar as do Céu. Mais, o padre é um embaixador enviado pelo universo inteiro, como
intercessor junto de Deus, para obter as suas graças para todas as criaturas; assim fala S. João Crisóstomo14. Santo Efrém ajunta que o padre trata familiarmente com Deus15. Para o padre, numa palavra, não há nenhuma porta fechada. Jesus Cristo morreu para fazer um padre. Não era necessário que o Redentor morresse para salvar o mundo: uma gota de sangue, uma lágrima, uma prece lhe bastava para salvar todos os homens; porque, sendo esta prece dum valor infinito, era suficiente para salvar, não um mundo, mas milhares de mundos. Pelo contrário, foi necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um padre: pois, doutro modo, — onde se encontraria a Vítima que os padres da
lei nova oferecem hoje a Deus, Vítima santíssima, sem mancha, só por si suficiente para honrar a Deus duma maneira condigna de Deus? O sacrifício da vida de todos os anjos e de todos os homens não seria capaz, comoacabamos de dizer, de prestar a Deus a honra infinita, que lhe presta um padre com uma só missa.
III - EXCELÊNCIA DO PODER SACERDOTAL
Mede-se também a dignidade do padre pelo poder que ele exerce sobre o corpo real e o corpo místico de Jesus Cristo. Quanto ao corpo real, é de fé que no momento em que o padre consagra, o Verbo encarnado se obrigou a obedecer-lhe, vindo às suas mãos sob as espécies sacramentais. Causou espanto que Deus obedecesse a Josué, e mandasse ao sol que se detivesse à sua voz, quando ele disse: Sol! fica-te imóvel diante de Gabaon... E o sol deteve-se no meio do Céu16. Mas é muito maior prodígio que Deus, em obediência a poucas palavras do padre17, desça sobre o altar, ou a qualquer parte em que o sacerdote o chame, quantas vezes o chamar, e se ponha entre as suas mãos, embora esse sacerdote seja seu inimigo! Aí permanece inteiramente à disposição do padre, que pode transportá-lo à sua vontade dum lugar para outro, encerrá-lo no tabernáculo, expô-lo no altar, ou ministrá-lo aos outros. É o que exprimecom admiração S. Lourenço Justiniano, falando dos padre: “Bem alto é o poder que lhes é dado! Quando querem, demudam o pão em corpo de Cristo: o Verbo encarnado desde do Céu e desce verdadeiramente à mesa do altar! É-lhes dado um poder que nunca foi outorgado aos anjos. Estes conservam- se junto do trono de Deus; os sacerdotes têm-no nas mãos, dão-no ao povo e eles próprios o comungam”18. Quando ao corpo místico de Jesus Cristo, que se compõe de todos os fiéis, tem o sacerdote o poder das chaves: pode livrar do inferno o pecador, torná-lo digno do Paraíso, e, de escravo do demónio, fazê-lo filho de Deus. O próprio Jesus Cristo se obrigou a estar pela sentença do padre, em recusar ou conceder o perdão, conforme o padre recusar ou dar a absolvição, contanto que o penitente seja digno dela. De modo que o juízo de Deus está na mão do padre, diz S. Máximo de Turim19. A sentença do padre precede, ajuda S. Pedro Damião, e Deus a subscreve20. Assim, conclui S. João Crisóstomo, o Senhor supremo do universo não faz senão seguir o seu servo, confirmando no Céu tudo quanto ele decide na terra21. Os padres, diz Sto. Inácio mártir, são os dispensadores das graças divinas e os consócios de Deus22. E, segundo S. Próspero, são a honra e as colunas da Igreja, portas e porteiros do Céu23. Se Jesus Cristo descesse a uma igreja, e se sentasse num confessionário para administrar o sacramento da Penitência, ao mesmo tempo que um padre sentado no outro, o divino Redentor diria: Ego te absolvo o padre diria o mesmo: Ego te absolvo; e os penitentes ficariam igualmente absolvidos, tanto por um como pelo outro. Que honra para um súbdito, se o seu rei lhe desse poder para livrar da prisão quem lhe aprouvesse! Mas muito maior é o poder dado pelo Padre Eterno a Jesus Cristo, e por Jesus Cristo aos padres, para livrarem do inferno, não só os corpos, mas até as almas; esta reflexão é de S. João Crisóstomo24.
IV -A DIGNIDADE DO PADRE EXCEDE TODAS AS DIGNIDADES CRIADAS
A dignidade sacerdotal é pois neste mundo a mais alta de todas as dignidades, nota Sto. Ambrósio25. Ela excede, diz S. Bernardo, todas as dignidades dos imperadores e dos anjos26. Santo Ambrósio ajunta que a dignidade do padre sobreleva à dos reis como o ouro ao chumbo27. A razão disso, segundo S. João Crisóstomo, é que o poder dos reis só se estendem aos bens temporais e aos corpos, ao passo que o dos padres abrange os bens espirituais e as almas28. Donde se conclui, em conformidade com o que fica exposto, que o poder ou a dignidade do padre é tão superior à dos príncipes como a alma ao corpo; era o que já tinha dito o Papa S. Clemente29. É uma glória para os reis da terra honrar os padres; é isso próprio dum bom príncipe, diz o Papa Marcelo30. Os reis, diz Pedro de Blois, apressam-se a dobrar o joelho diante do sacerdote, a beijar-te a mão, e a abaixar humildemente a cabeça para receberem a sua bênção31. Reconhecem assim a superioridade do sacerdócio, diz S. João Crisóstomo32. Conta Barónio33 que Leôncio, bispo de Trípoli, tendo sido chamado à côrte pela imperatriz Eusébia, lhe mandara dizer que, se queria a visita dele, era necessário que primeiro aceitasse as seguintes condições: que à sua chegada a imperatriz desceria do seu trono, viria inclinar a cabeça sob as suas mãos, pedir-lhe e receber dele a bênção; depois ele se assentaria, e ela só o poderia fazer com permissão sua. Terminava por dizer-lhe que, a não se darem essas condições, jamais poria os pés na sua côrte. Convidado para a mesa do imperador Máximo, S. Martinho brindou primeiro o seu capelão e só depois o imperador34. No Concílio de Nicéia, quis Constantino Magno ocupar o último lugar, depois de todos os sacerdotes, num assento menos elevado; e ainda se não quis assentar sem permissão deles35. O santo rei Boleslau tinha pelos sacerdotes uma tal veneração que não se assentava na presença deles. A dignidade sacerdotal ultrapassa até a dos anjos, razão por que também estes a veneram36. Velam os anjos da guarda pelas almas que lhe estão confiadas, de modo que, se elas se encontram em estado de pecado mortal, excitam-nas a recorrer aos sacerdotes, esperando que eles pronunciem a sentença de absolvição; assim fala S. Pedro Damião37. Se um moribundo pedir a assistência de S. Miguel, bem poderá, é verdade, este glorioso arcanjo expulsar os demónios que o cercarem, mas não quebrar-lhes as cadeias, se não vier um padre que o absolva. Acabando S. Francisco de Sales de conferir a ordem de presbítero a um digno clérigo, notou à saída que ele trocava algumas palavras com outra pessoa, a quem queria ceder a passo. Interrogado pelo Santo, respondeu ao jovem sacerdote que o Senhor o tinha honrado com a presença visível do seu anjo da guarda. Este antes da sua elevação ao sacerdócio caminhava à sua direita e precedia-o, mas agora tomava a esquerda e recusava caminhar diante; por isso ele se tinha ficado à porta, numa santa contenda com o anjo. S. Francisco de Assis dizia: “Se eu visse um padre, primeiro ajoelharia diante do padre, e depois diante do anjo38”. Mais ainda, o poder do padre excede até o da santíssima Virgem; porque a Mãe de Deus pode pedir por uma alma e obter-lhe quanto quiser pelas suas súplicas, mas não pode absolvê-la da menor falta. Escutemos Inocêncio III: “Embora a santíssima Virgem esteja elevada acima dos apóstolos, não foi contudo a ela, mas a eles que o Senhor confiou as chaves do reino dos céus39”. Por outro lado, S. Bernardino de Sena, dirigindo-se a Maria, diz igualmente que Deus elevou o sacerdócio acima dela40; e eis a razão que dá: Maria concebeu Jesus Cristo uma só vez; o padre pela consagração concebe-o, por assim dizer, quantas vezes quer; de modo que, se a pessoa do Redentor ainda não existisse no mundo, o padre, pronunciando as palavras das consagração, produziria realmente esta pessoa sublime do Homem-Deus. Daqui esta bela exclamação de Sto. Agostinho: “Ó venerável dignidade a dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna como encarnou no seio da Virgem!41”. Por isso S. Bernardo, entre muitos outros, chama aos padres pais de Jesus Cristo42. De fato, são causa da existência real da pessoa de Jesus Cristo na Hóstia consagrada
MENSAGEM DO DIA 25/02/2004 - Queridos Filhos! Também hoje, como nunca antes, convido-os a abrirem seus corações às minhas mensagens. Filhinhos, sejam aqueles que atraem as almas para Deus e não aqueles que as afastam. Eu estou com vocês e amo todos vocês com um amor particular. Este é tempo de penitência e conversão. Do fundo de meu Coração convido-os: sejam meus com todo o seu coração, e então verão que seu Deus é grande, porque Ele lhes dará bênção e a paz em abundância. Obrigada por terem correspondido a Meu apelo - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
O SENHOR JESUS VOLTA (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA)
Com a Segunda vida de Jesus Cristo se instalará definitivamente o Reino de Deus e será vencido para sempre o poder do mal e do demónio. Não sabemos o tempo da Segunda vinda de Jesus Cristo, Deus não quis revelar. Quer que estejamos sempre bem preparados para esse encontro com Ele. Com o retorno do Senhor Jesus estão relacionados: o fim do mundo presente, a ressurreição dos corpos e o juízo universal. Jesus Cristo será o justo Juiz que dará o julgamento a cada um segundo a suas obras. O Senhor Jesus voltará a aparecer visivelmente na terra? Sim, o Senhor Jesus voltará a aparecer visivelmente na terra no fim do mundo, quando vier para julgar aos vivos e aos mortos. Sabemos quando será o fim do mundo? Não sabemos quando será o fim do mundo; em consequência, devemos sempre estar preparados. O que entendemos ao dizer que virá para julgar aos vivos e aos mortos? Ao dizer que virá para julgar aos vivos e aos mortos entendemos que o Senhor Jesus ao fim do mundo julgará a todos os homens e dará a cada um o prémio ou castigo que tiver merecido
Com a Segunda vida de Jesus Cristo se instalará definitivamente o Reino de Deus e será vencido para sempre o poder do mal e do demónio. Não sabemos o tempo da Segunda vinda de Jesus Cristo, Deus não quis revelar. Quer que estejamos sempre bem preparados para esse encontro com Ele. Com o retorno do Senhor Jesus estão relacionados: o fim do mundo presente, a ressurreição dos corpos e o juízo universal. Jesus Cristo será o justo Juiz que dará o julgamento a cada um segundo a suas obras. O Senhor Jesus voltará a aparecer visivelmente na terra? Sim, o Senhor Jesus voltará a aparecer visivelmente na terra no fim do mundo, quando vier para julgar aos vivos e aos mortos. Sabemos quando será o fim do mundo? Não sabemos quando será o fim do mundo; em consequência, devemos sempre estar preparados. O que entendemos ao dizer que virá para julgar aos vivos e aos mortos? Ao dizer que virá para julgar aos vivos e aos mortos entendemos que o Senhor Jesus ao fim do mundo julgará a todos os homens e dará a cada um o prémio ou castigo que tiver merecido
PRIMEIRA LEITURA (Hebreus 2,14-18)
Quarta-Feira, 12 de Janeiro de 2011
1ª Semana Comum - Santíssimo Nome de Jesus - 4
Leitura da Carta aos Hebreus.
14Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, 15e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão. 16Pois, afinal, não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão. 17Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
SALMO RESPONSORIAL (Salmos 104)
— REFRÃO : O Senhor se lembra sempre da Aliança.
— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas!
— Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face.
— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac
Quarta-Feira, 12 de Janeiro de 2011
1ª Semana Comum - Santíssimo Nome de Jesus - 4
Leitura da Carta aos Hebreus.
14Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, 15e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão. 16Pois, afinal, não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão. 17Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
SALMO RESPONSORIAL (Salmos 104)
— REFRÃO : O Senhor se lembra sempre da Aliança.
— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas!
— Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face.
— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac
EVANGELHO (Marcos 1,29-39)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
- Palavra da Salvação
- Glória a vós, Senhor
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
- Palavra da Salvação
- Glória a vós, Senhor
A IGREJA CELEBRA HOJE
SÃO BERNARDO
São Bernado foi crescendo numa vida longe do relacionamento com Deus e com a Igreja. Logo, distante de si e do amor aos irmãos, o orgulho foi tomando conta do seu coração. Então, decidiu entrar para a vida militar; não para servir a sociedade, mas para dominá-la. De fato, ele estava longe de Deus. Resultado: numa das muitas discussões que viraram briga, ele acabou num duelo, ferindo de morte um companheiro seu da vida militar. Foi neste momento trágico de sua história que ele abriu o coração para Deus, pois sua consciência foi pesando. Embora ele tenha fugido e recorrido a um chamado “direito de asilo”, não foi preso, mas estava preso a uma vida de pecado. Quem poderia resgatá-lo? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado que veio nos assumir na nossa fragilidade e nos revelar este amor que redime, que salva e é a nossa esperança. Assim, arrependeu-se e começou a busca de uma vida em Deus, uma vida de Igreja, sacramental. Discerniu um chamado à vida religiosa, buscou a família franciscana e ali tornou-se irmão religioso, fiel às regras. De fato, se antes expressava arrogância, agora comunicava paz, penitência, luta contra o pecado
SÃO BERNARDO
São Bernado foi crescendo numa vida longe do relacionamento com Deus e com a Igreja. Logo, distante de si e do amor aos irmãos, o orgulho foi tomando conta do seu coração. Então, decidiu entrar para a vida militar; não para servir a sociedade, mas para dominá-la. De fato, ele estava longe de Deus. Resultado: numa das muitas discussões que viraram briga, ele acabou num duelo, ferindo de morte um companheiro seu da vida militar. Foi neste momento trágico de sua história que ele abriu o coração para Deus, pois sua consciência foi pesando. Embora ele tenha fugido e recorrido a um chamado “direito de asilo”, não foi preso, mas estava preso a uma vida de pecado. Quem poderia resgatá-lo? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado que veio nos assumir na nossa fragilidade e nos revelar este amor que redime, que salva e é a nossa esperança. Assim, arrependeu-se e começou a busca de uma vida em Deus, uma vida de Igreja, sacramental. Discerniu um chamado à vida religiosa, buscou a família franciscana e ali tornou-se irmão religioso, fiel às regras. De fato, se antes expressava arrogância, agora comunicava paz, penitência, luta contra o pecado
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