sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dança Liturgica


Por várias vezes já escutei o termo "dança Liturgica", como desculpa esfarrapada para justificar a macaquice de certos padres que durante o "sacrifício da Santa Missa", ficam pulando e cantando de forma estérica e desequilibrada no altar, mandando o povo bater palmas, pular e até quase pedindo para rebolar, tudo isto, em momentos que a Santa liturgia, indica o silêncio e o recolhimento.

É triste notar que estes muitos sacerdotes, com ou sem o apoio do bispo diocesano estão totalmente fora da comunhão liturgica da Igreja, e estão fazendo parte de uma Igreja cismática, pois estão criando uma missa Show, uma 'nova liturgia protestante', para se aparecer, ganhar dinheiro, fazer sucesso, agradar a assembléia com homilias que não dizem nada, e depois no fim da Missa, anunciar o seu "CD", dizendo: "compre o CD, louve o Senhor, e estará ajudando a Igreja". Pura balela! Estará ajudando sim, o padre encher o bolso de dinheiro.

Dói muitas vezes escutar e por outras ver, a Santa Missa ser transformada em uma manifestação teatral, em nome da 'inculturação', que para a maldita Teologia da Libertação e para muitos grupos da Renovação Carismática, tornou-se uma abertura para evangelizar, esquecendo-se que a Liturgia Romana, o rito Latino, não inclui a dança no durante o culto liturgico.

Se pode cantar, louvar, com alegria e com muito estusiasmo, mas não se é permitido "dançar", a não ser que seja fora da celebração liturgica. A Santa Liturgia, incorporou posturas, gestos e hinos, que levam a adoração e ao recolhimento contemplativo do Mistério celebrado, incluindo sim movimentos corporais, como por exemplo, genufletir, ajoelhar-se, traçar o sinal da cruz, abrir e fechar os braços e etc.... mas não pular e dançar como se estivesse em uma 'demoteca'.... me desculpem, em uma 'cristoteca'.

Para ser sincero, alguns poderão me chamar antiquadro, quadrado e bitolado, mas não sou eu quem pensa assim, apenas digo o que pensa e diz a Igreja, pois não posso modificar ou alterar os livros liturgicos, e não posso criar uma liturgia que agrade a gregos e troianos.....

Se vai a Santa Missa para 'Culturar a Deus', de forma recolhida, contemplativa, e exteriormente bem vestidos, sem calção de banho, sunga, decotes, mini-saias, camisa regatas, bermudas e etc...

Peço que assistam o vídeo "Perguntas e Respostas" com o Em.mo Sr. Cardeal Arinze, prefeito emérito da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Ao que sei a entrevista foi filmada em setembro de 2009, filmado em Familyland, Bloomingdale, Ohio, nos Estados Unidos.

Neste vídeo entrevista (que pode ser assistido clicando no link http://nossasenhorademedjugorje.blogspot.com/2011/01/danca-liturgica.html  ), o Em.mo Cardeal, diz claramente:

"(...) No que diz respeito à América do Norte e à Europa [e certamente a América do Sul, dada a grande semelhança entre nossas culturas] pensamos que a dança não deveria estar presente na Liturgia de maneira alguma. E as pessoas que estão discutindo a dança litúrgica deveriam usar o seu tempo rezando o Rosário. Ou eles deveria usar o seu tempo lendo um dos documentos do Papa sobre a Sagrada Eucaristia. Nós já temos problemas suficientes. Por que banalizar mais? Por que dessacralizar mais? Já não temos confusão suficiente?" Recomendo que assistam o vídeo inteiro, não irão se arrepender!

Muitos justificam a dança como um ato de louvor e adoração a Deus, dizendo que Davi dançou a frente da Arca da Aliança, correto, mas Davi dançou nú, se humilhando e não se exaltando. Lembro do livro do Apocalipse que relata o episódio dos doze anciãos prostados ante o trono e dizendo: 'Santo, Santo, Santo'. Prostravam-se com suas cabeças ao chão. Essa adoração é diferente de todas que estamos acostumados. Quando algum judeu, que não era levita, tocava na arca ele morria. E aqui temos algo muito mais precioso que a arca da aliança, temos Jesus, presente na Eucaristia. Também penso que ninguém entra dançando na frente de um juiz ou de um governador mundano e nem tocando em suas vestes, dançando para uma festividade. Porém aqui está alguém incomparavelmente superior a um juiz ou a um governador terreno.

Que possamos dar a Glória a Deus com a nossa vida, e de maneira agradavel o nosso louvor.

Pe. Mateus Maria, FMDJ
Prior do Mosteiro Menino Jesus
 

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