domingo, 5 de dezembro de 2010

Defender e promover matrimônio autêntico, a família e a vida desde a concepção, exorta Bento XVI

Não se deve aprovar leis que favoreçam a fecundação in vitro ou o aborto
 
Ao receber as credenciais do novo Embaixador da Costa Rica perante a Santa Sé, Fernando Felipe Sánchez Campos, o Papa Bento XVI exortou a defender e promover o matrimônio autêntico conformado por um homem e uma mulher, a família que nasce deste e toda vida humana desde a concepção até a morte natural.

Em seu discurso o Santo Padre elevou suas orações por esta nação centro-americana e recordou seus estreitos laços com o Sucessor de Pedro. O Papa também se referiu ao Ano Jubilar pelos 375 anos da imagem de Nossa Senhora dos Anjos, Padroeira do país.

O Papa se referiu em seguida ao patrimônio espiritual da Costa Rica, que faz possível lutar pelo bem comum e a justiça social, tarefa na qual "ninguém pode sentir-se à margem". Isto, precisou Bento XVI, deve ser feito "sem menosprezar os valores fundamentais que constituem a inviolável dignidade da pessoa, começando pela firme defesa da vida humana".

Bento XVI recordou então que foi precisamente na Costa Rica "onde se assinou o Pacto de San José, no qual se reconhece expressamente o valor da vida humana desde sua concepção. Assim, é desejável que a Costa Rica não viole os direitos do nasciturus com leis que legitimem a fecundação in vitro e o aborto".

Depois de referir-se ao desejo de gerar um novo acordo entre a Santa Sé e a Costa Rica que concretize "as matérias de interesse comum, fixando pormenorizadamente os direitos e obrigações das partes signatárias", o Papa elevou suas orações pelos afetados pelas chuvas neste país nos últimos dias.

Logo depois de enumerar uma série de tarefas importantes da Costa Rica a favor dos mais pobres e necessitados para assegurar lhes uma vida digna, em caminho para a verdadeira paz através também do estado de direito, o Santo Padre explicou que "muito contribuirá a dilatar este horizonte o fortalecimento na sociedade de um pilar tão substancial e irrenunciável como a estabilidade e união da família, instituição que está sofrendo, possivelmente como nenhuma outra, o ataque das amplas e rápidas transformações da sociedade e da cultura". 

Diante destes ataques à família, disse o Papa, esta célula básica da sociedade "não pode perder sua identidade genuína, pois está chamada a ser viveiro de virtudes humanas e cristãs, onde os filhos aprendam de seus pais de forma natural a respeitar-se e compreender-se, a amadurecer como pessoas, crentes e cidadãos exemplares".

"Por conseguinte, nada de quanto favoreça, tutele e apóie a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher será em vão. Neste sentido, a Igreja não se cansará de animar especialmente os jovens, para que descubram a beleza e grandeza que entranha servir fiel e generosamente o amor matrimonial e a transmissão da vida", precisou.

Finalmente, o Papa também fez um especial chamado à paz, e ao bom entendimento entre as nações. Neste contexto ressaltou a necessidade de contribuir à defesa da natureza em consonância do desenvolvimento humano integral para obter "essa aliança entre ser humano e o meio ambiente que deve ser reflexo do amor criador de Deus, do qual procedemos e para o qual caminhamos".

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