Prezados irmãos, a paz! Estamos a um mês do Natal. Um santo uma vez ensinou que, se fizermos muitas vezes por dia a comunhão espiritual, em um mês nossa vida terá mudado, ou seja, nós estaremos transformados. Aqui segue a sugestão de uma pequena comunhão espiritual, para quem quiser aproveitar bem este advento e assim tentar ofertar um lindo presente ao Menino Jesus: um coração um pouquinho mais semelhante ao dele!
“Jesus eucarístico, eu te amo e te adoro! Por favor, vem ao meu coração e faz nele a tua morada. Fica comigo, Jesus, e que eu fique contigo! Bem-vindo, Senhor...”
“Jesus eucarístico, eu te amo e te adoro! Por favor, vem ao meu coração e faz nele a tua morada. Fica comigo, Jesus, e que eu fique contigo! Bem-vindo, Senhor...”
E agora passemos à sexta e última parte do artigo sobre o purgatório, escrito pelo Pe. Livio Fangaza, lembrando que, em Medjugorje, Nossa Senhora nos ensinou que é no dia de Natal que o maior número de almas do purgatório vão para o céu. Conheceremos hoje a alegria e a dor que experimentam estas almas, conforme nos revelou Santa Catarina de Gênova, no “Tratado sobre o Purgatório”.
A alegria no Purgatório
Catarina explica que as almas do purgatório estão felizes por estarem no lugar em que Deus as colocou, que é um lugar de salvação. Estão felizes, portanto, por estarem em consonância com a vontade de Deus. Estas almas estão no amor e têm consciência de que nada nem ninguém as poderá separar ou desviar disso: daí a sua alegria. A santa escreve: "Não creio que se possa encontrar alegria comparável à de uma alma do purgatório exceto a dos santos no paraíso." Acrescenta ainda que esta alegria vai crescendo sempre mais porque, à medida que o tempo passa, as almas vão ficando cada vez mais purificadas. Todos os impedimentos que as separam de Deus vão diminuindo, desintegrando-se no fogo do amor divino. Aquilo que Catarina chama de “a ferrugem do pecado” vai sendo consumido e, quanto mais belas as almas se tornam, mais aumenta nelas a alegria de assemelhar-se cada vez mais a Deus e de saber que o tempo que as separa do encontro com Ele é cada vez menor.
O sofrimento no Purgatório
Mas há também o reverso da medalha. Catarina diz que as almas do purgatório estão ao mesmo tempo felizes e atormentadas: se, por um lado, experimentam uma alegria sempre crescente, por outro sofrem uma dor indizível: “Seu sofrimento é tão grande que não se pode descrevê-lo, nem pode o entendimento ter dele a menor noção, a menos que Deus o revele por uma graça especial.”
E por que motivo as almas sofrem no purgatório? Em primeiro lugar, há uma causa de raiz para o sofrimento, uma razão que é a mesma para todo sofrimento, quer soframos aqui na terra, quer no purgatório ou no inferno. A raiz do sofrimento é o pecado, original ou pessoal. Segundo Catarina, e de acordo também com o que ensina a teologia católica, a alma possui um forte instinto de amor em relação a Deus, nascendo com uma sede ardente de amor infinito. “Esse instinto beatífico, ou sede de Deus,” diz a santa, “torna insuportável para a alma a separação de Deus. Por isso, quanto mais ela é mantida afastada de Deus pelo pecado, tanto o pecado original como o atual, tanto mais a sua dor se torna extrema.” A alma, portanto, por um lado está feliz, porque se sente amada por Deus e sabe que um dia irá se unir a ele; por outro, sofre terríveis dores de amor, porque não pode satisfazer o desejo infinito de unir-se imediatamente a Deus, do qual ela mesma se vê ainda indigna.
Catarina de Gênova acrescenta ainda um conceito muito interessante: as almas vão voluntariamente para o purgatório, porque, vendo em si mesmas a ferrugem do pecado que as impede de unir-se a Deus e percebendo que este impedimento não desaparecerá senão pelo purgatório, lançam-se nele “imediata e voluntariamente, de modo a poder subir para Deus o mais rapidamente possível”.
Assim, pode-se falar de chamas do purgatório, mas são chamas de amor divino. Naquele fogo de amor divino, a alma é purificada de toda imperfeição e é guiada em direção à perfeição do amor, até que esteja pronta para amar a Deus com o mesmo amor com que é amada por Ele. Esta é, portanto, a condição dos nossos entes queridos no purgatório: experimentam “grande alegria e grande dor, e uma coisa não impede a outra”. Mas é um consolo para nós saber que as penas que sofrem são penas de amor. Bem, recordemos que podemos apressar sua purificação e seu encontro com Deus mediante o nosso amor, que se exprime rezando por eles.
Traduzido do italiano para o português, por Tania
Assim, pode-se falar de chamas do purgatório, mas são chamas de amor divino. Naquele fogo de amor divino, a alma é purificada de toda imperfeição e é guiada em direção à perfeição do amor, até que esteja pronta para amar a Deus com o mesmo amor com que é amada por Ele. Esta é, portanto, a condição dos nossos entes queridos no purgatório: experimentam “grande alegria e grande dor, e uma coisa não impede a outra”. Mas é um consolo para nós saber que as penas que sofrem são penas de amor. Bem, recordemos que podemos apressar sua purificação e seu encontro com Deus mediante o nosso amor, que se exprime rezando por eles.
Traduzido do italiano para o português, por Tania
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