domingo, 17 de outubro de 2010

Seis novos santos serão canonizados pelo Papa Bento XVI neste domingo

CIDADE DO VATICANO



 O Papa Bento XVI canonizará no domingo seis novos santos, entre eles a espanhola Cándida María de Jesús, fundadora dos colégios Sacre-Coeur, do Sagrado Coração, e a primeira santa australiana, que teve a coragem de denunciar um sacerdote pedófilo no século XIX.
São esperadas mais de 50 mil pessoas na cerimônia a serpresidida pelo Papa na praça de São Pedro.
Bento XVI proclamará santos um polonês, uma australiana, um canadense, uma espanhola e duas italianas.
Os novos santos são considerados um exemplo para os católicos de todo o mundo por suas vidas piedosas e sua admirável entrega a Cristo, garante o Vaticano.
Diversos diplomatas e autoridades assistirão à cerimônia, entre eles o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, o vice-ministro da Justiça espanhol, Juan Carlos Campo Moreno, e o chanceler do Canadá, Lawrence Cannon.
Uma considerável representação de bispos, assim como de alunos, padres e mães, ex-alunos e religiosas dos vários colégios do Sagrado Coração chegarão à Roma para a cerimônia.
As canonizações ocorrem paralelamente ao Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que ocorre no Vaticano e reúne eclesiásticos dessa região.
"Madre Cándida", como era chamada Juana Josefa Cipitria y Barriola, nascida em 31 de maio de 1845 em Andoain e falecida em 1912 em Salamanca, decidiu desde jovem dedicar sua vida a Deus e trabalhar pelos demais.
Em 1871, junto com outras cinco mulheres, a nova santa espanhola, que trabalhou como empregada doméstica e não sabia ler ou escrever, segundo a biografia oficial divulgada pelo Vaticano, fundou em Salamanca a Congregação das Filhas de Jesus.
A congregação dedica-se principalmente à educação, sobretudo das mulheres, "sem distinção de classe social ou lugar geográfico" e agora está presente em 17 países de quatro continentes, entre eles da América Latina, com um total de 1.025 religiosas.
Como a futura santa espanhola, a religiosa australiana Mary MacKillop foi uma mulher que dedicou sua vida a serviço da Igreja católica, apesar de seu espírito rebelde.
MacKillop (1842-1909) chegou a enfrentar no fim do século XIX a hierarquia católica ao denunciar um sacerdote pedófilo, o que lhe valeu uma excomunhão temporária.
A fundadora da ordem das Irmãs de São José do Sagrado Coração dedicou sua vida a educar crianças pobres e sua figura adquire uma relevância particular agora, após os escândalos de abusos sexuais que assolam a Igreja católica na Europa e nos Estados Unidos.
O Papa canonizará também o religioso canadense de Quebec Alfed André Bessette (1845-1937), conhecido como o "homem que fazia milagres", e o polonês Stanislas Soltys (1433-1489).
Outras duas religiosas mulheres, de nacionalidade italiana, Giulia Salzano (1846-1929) e Camilla Battista Varanno (1458-1524), serão proclamadas santas.
O pontífice alemão, que limitou o ritmo das canonizações e beatificações - que alcançaram um número recorde com João Paulo II com 482 santos e 1.338 beatos - proclamou no total 34 novos santos.
Na lista de espera permanecem dois renomados predecessores: o popular João Paulo II e o controverso Pio XII, cujos processos são examinados pelas autoridades competentes.

Fonte: AFP

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